Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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O ex-líder do MST, José Rainha, só aparece na imprensa quando é preso ou quando é solto. Ontem, foi a vez de ele aparecer novamente, desta feita por ter sido solto por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). José Rainha estava preso preventivamente desde 16 de junho do ano passado, em processo que responde por formação de quadrilha, crimes contra o meio ambiente, peculato, apropriação indébita, extorsão e desvio de verbas públicas. Resta agora saber quanto tempo ele permanecerá solto. Façam suas apostas.

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Certa feita, o poeta Olavo Bilac disse que o exercício do jornalismo deve ser para educar e ser um instrumento de justiça, e não para praticar a crueldade e o mal. Alguns profissionais fazem justamente o inverso, e ainda assim conseguem o apoio de alguns.

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Em Mossoró ainda há jornalistas que achincalham, mentem, inventam, agridem e extorquem, mas felizmente representam a minoria. Esses poucos profissionais, com credibilidade abalada dia-a-dia, logo cairão no esquecimento. Já o foram pelos leitores mais seletivos e exigentes.

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I – O que ocorre diariamente no DETRAN de Mossoró é uma falta de respeito sem tamanho. Enquanto o usuário comum tem que pegar ficha e enfrentar uma longa fila para ser atendido, os tais despachantes cortam filas e são atendidos normalmente, muitas vezes com vários procedimentos para fazer. Não precisa ser um Sherlock Holmes para saber que os servidores que atendem os despachantes recebem um trocado por fora. Não há outra razão que justifique esse inaceitável privilégio.

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II – O fato é mais flagrante na sala 15. Quem se propuser a passar 10 minutos no local flagrará vários despachantes furando a fila sem nenhuma cerimônia. Há até os que ficam transitando por trás do balcão, como se fossem servidores. Seria muito bom que um órgão de imprensa ficasse de plantão no local e indagasse dos servidores o porquê de eles atenderem aquelas pessoas, mesmo elas não possuindo ficha. É caso de Fantástico.

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III – Não sou contra o trabalho do despachante, mas defendo que ele deve pegar ficha como qualquer usuário. Para fazer o serviço que foi contratado, ele deve percorrer o caminho que o contratante percorreria, é para isso que ele é pago, não para furar filas e prejudicar os usuários comuns.

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IV – Enquanto os despachantes continuarem mandando no Detran de Mossoró o órgão nunca prestará um serviço de qualidade. O pior é saber que as autoridades competentes sabem de tudo isso, mas nada fazem, deixando a coisa correr solta.

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O passado de muitas pessoas está no Google. Muitas delas, cujas peraltices pretéritas constam em sites e blogs, costumam pedir aos donos das páginas que excluam o conteúdo. Ora, trata-se de coisas feitas no passado, e até agora não inventaram nenhuma borracha mágica que apague as coisas erradas feitas na vida. Caso sirva de conforto, amiga do seio, todo mundo erra.

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Muitos cantores costumam trocar a letra das músicas nos shows para agradar ao público local. Já vi muitos, por exemplo, substituírem o nome da cidade que consta na letra pelo nome Mossoró. Depois de uma decisão do TJ-MS, contudo, muitos pensarão duas vezes antes de fazer isso. O grupo Tradição foi condenado a pagar R$ 30 mil porque, num show, trocou a palavra Coxim por Campo Grande no trecho “No meu último repouso na cidade de Coxim”, da música “Pé de Cedro”. A ação foi proposta por um grupo de moradores da cidade de Coxim. O agrado custou caro.

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Lição geral da política: ataque um inimigo por vez. Cuidado quando entrar na arena de guerra. Se você tem muitos adversários, poderá perder o foco. (Gaudêncio Torquato).

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The_Joshua_Tree_re-issue

Escrevi este post ao som de The Joshua Tree, da banda irlandesa U2. O disco, gravado em 1987, traz os sucessos “Where The Streets Have No Name”, “I Still Haven’t Found What I’m Looking For” e “With Or Without You”. Neste disco Bono Vox já dava sinais de que se engajaria nas questões sociais. É o 609º disco da lista dos “1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer”. Para ouvi-lo, clique aqui.

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