Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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Hoje, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) posa de paladino da moral e dos bons costumes, mas uma recente revelação do cineasta Fernando Meirelles põe a baixo sua reputação.

Nos idos de 1984, Meirelles, então dono de uma produtora, trabalhou na campanha de Álvaro Dias para governador do Paraná. Sobre o período, ele relatou para a revista Piauí (edição 68):

“Ficamos chocados com o nível de baixaria, a começar pelos pagamentos, que eram feitos em dinheiro vivo, sem nota fiscal. Uma vez o coordenador da campanha simulou a invasão de seu próprio escritório e pediu que gravássemos, denunciando, como se fosse uma invasão feita pelo candidato concorrente. Foi a gota a’água. Nossa equipe se recusou a fazê-lo e criou um impasse. Num clima péssimo, terminamos o contrato. É preciso ter estômago de avestruz e um caráter muito flexível para lidar com políticos. Decidimos nunca mais fazer política na vida”.

No sábado, indaguei ao senador – via Twitter – sobre as revelações de Fernando Meirelles. Ele me respondeu em suas postagens:

1 – O pior não é a versão dele, é você acreditar sem conhecer a minha.

2 – Versão dele é equivocada. Foi em 86. Ele tinha pouco mais de 20 anos. Não há sentido nisso.

O fato é que não raro as campanhas eleitorais possuem alguma sujeira, alguma manipulação, algum boato maldoso etc. Cabe ao eleitor decidir o voto com base em propostas, não com base em acusações e denúncias, pois muitas podem ser forjadas. Meirelles relatou um fato, e outro similar aconteceu em Mossoró na campanha passada. Fiquemos de olhos bem abertos.

OBS. Fernando Meirelles foi o diretor do filme Cidade de Deus e criador de uma das campanhas publicitárias de maior sucesso no Brasil: “Não é nenhuma Brastemp”.

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