Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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A grosso modo, podemos dizer que uma instituição pública é um órgão governamental criado por leis constitucionais destinado a realizar uma determinada atividade e de servir de forma desinteressada à comunidade. No Brasil esse conceito é um tanto fantasioso. Mas muita gente ainda acredita que aquilo que se nos apresenta como público, de fato, seja-o.

Para não distorcermos os fatos e termos uma compreensão acurada da realidade, basta compararmos as falsas evidências (aquelas que são aparentes) com as  evidencias objetivas(as que sentimos na pele). Doutro modo, a questão aqui pode ser muito bem representada por aquela famosa alegoria da caverna do Platão: fazer proposições analíticas sobre falsas evidências.

Mas o que é desolador (e o que de fato afligia aquele filósofo) é percebermos que as revelações empíricas recursivas por mais evidentes que sejam, infelizmente não servem de exemplos para desmistificar as falsas interpretações dos fenômenos. A esse respeito, Descartes advertiu: “nada aceitar por verdadeiro a não ser que se imponha a mim como evidente.” O resto é conversa fiada. Vamos a um exemplo: os vários Termos de Ajustamento de Conduta que os reitores da UERN têm assinado e desrespeitado.

Um termo de Ajustamento de Conduta é um instrumento administrativo de reparo utilizado pelo Ministério Público quando uma Instituição governamental, ou de qualquer outra natureza, vem praticando de forma consciente políticas inconstitucionais (criminosas),  causando, assim, danos à sociedade – exatamente o oposto dos propósitos para os quais foi instituída.

Ora, vocês avaliem, por várias vezes, os sucessivos administradores da UERN têm assinado Termos de Ajustamento de Conduta, algo que, de fato, é muito vergonhoso para qualquer instituição de ensino, principalmente para uma instituição de ensino superior que deve está sempre na vanguarda de grandes conquistas científicas em prol da humanidade, do meio ambiente e da justiça social.

Porém, o mais vergonhoso nisso tudo é termos plena convicção de que a maioria dos professores de “alta erudição” e técnicos administrativos da referida instituição são conscientes dessas práticas políticas impopulares e, portanto, responsáveis pelo status quo da Instituição.

Em síntese, conscientes ou não, a UERN tem a nossa cara – é Ela que nos representa e diz quem somos.

“Que nosso voto não contribua para “manuTENSÃO” (portmanteau) e criação de dinastias, oligarquias e plutocracias nas instituições públicas, principalmente nas IES”. Amém!

Voto em Carlos Nascimento para vice-reitor.

Para a reitoria, Ana Dantas é uma boa opção. Gilton, nulo ou branco.

*Gilmar Henrique, professor da UERN.

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Uma resposta

  1. É, realmente tem que ser Doutor pra ler esse texto até o final e entender exatamente o que o autor pretendeu combater. Só conclui que os candidatos dele perderam de muito, o que me remete ao gênio Chacrinha: quem não se comunica (ou se comunica de forma insatisfatória), se estrumbica.

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