Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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Em 01º de abril de 1964, o Brasil viu uma VERDADE estarrecedora. Forças vinda de Minas Gerais, comandadas por Olímpio Mourão Filho, apearam do poder o presidente João Goulart, presidente eleito constitucionalmente.

Assessores próximos tentaram convencer o presidente a resistir, dizendo-lhe que boa parte dos militares estava do seu lado. Foi então que ele disse uma frase que entrou para a história: “Se minha permanência no poder depender de derramamento de sangue, prefiro me retirar”. Assim, Goulart foi pro Rio Grande do Sul e depois para o Uruguai.

O golpe foi apoiado pelos americanos; pela imprensa, sobretudo a Globo; pela burguesia paulista e por parte da classe média. Goulart era nacionalista e tinha muitas ideias socialistas, o que incomodava estes setores, que passaram a difundir a ideia (distorcida) de que o Brasil se tornaria um país comunista.

Nos anos seguintes ao golpe, o brasileiro sentiu as consequências de ser governado por um regime militar. A repressão era imensa. Quem pensasse contra o governo era torturado e assassinado nos porões da ditadura, sem direito à defesa.

Os militares construíram grandes obras, é verdade, mas tudo a custa de um endividamento que prejudica a nação até hoje.

Ninguém, nem em tom de pilhéria ou de sangue quente, deveria enaltecer esse período negro de nossa história. Só quem viveu aqueles anos sabe que jamais eles devem ser repetidos.

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A OAB-Mossoró está bastante dividida em relação ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). As discussões em grupos de WhatsApp formados por advogados são constantes. Em público, os advogados se enfrentam em reuniões e na imprensa, mas tudo de forma democrática, ao menos até agora.

Ontem, em entrevista ao Jornal 95, o presidente da OAB-Mossoró, o contador Canindé Maia defendeu o impeachement, alegando que ele estava revestido de legalidade. Em áudio gravado anteriormente e veiculado durante a entrevista, o advogado Olavo Hamilton disse que a OAB, que apoiou o golpe de 1964, parece não ter aprendido a lição, e que está apoiando o golpe contra a presidente Dilma Rousseff. Ao voltar por estúdio, o contador Canindé Maia rebateu a afirmação, e assim segue a OAB…

Tudo, reforço, feito de forma cortês, com muito “doutor”, “senhor”, “com todo o respeito” etc.

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A obra “Minha Luta”, escrita por Adolf Hitler em 1926, onde ele defende suas teorias, entrou em domínio público. Algumas editoras brasileiras demonstraram interesse em publicá-la, alegando seu valor histórico, mas deverão encontrar resistência no Judiciário.

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Muitas vezes ouvi as pessoas dizerem que o PMDB era o câncer da política nacional, um partido que sempre viveu de conchavos etc., fazendo todos os governos de reféns, diante das grandes bancadas que sempre ostentou no Congresso Nacional.

A sua decisão de sair do governo presente foi muito arriscada. Caso a presidente Dilma Rousseff consiga sobreviver ao impeachement e governar sem o apoio do partido, mostrará que o PMDB é dispensável. Não há dúvida de que o partido pode ter dado um tiro no pé.

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Qualquer brasileiro pode voar de graça nos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). São 16 destinos, todos nacionais. Para embarcar é preciso ir a um Correio Aéreo Nacional (CAN), com documentos pessoais, e fazer um cadastro. Depois é só esperar uma ligação avisando quando será o voo.

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Em filmes e séries é comum ver pessoas que estão sofrendo um infarto fora do ambiente hospitalar retornarem após procedimentos como massagens cardíacas. Na vida real, entretanto, procedimentos como este, feitos fora de um hospital, só conseguem salvar infartados em 18% dos casos.

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