A Câmara Municipal de Mossoró aprovou ontem a recriação da Secretaria Municipal de Cultura. Nos motivos alegados pela prefeitura-proponente e nos discursos, muita menção a incentivos a artistas locais, resgate de nossa cultura, oportunidade para jovens adolescentes etc. Tudo blá blá blá.
A Cultura sempre foi a galinha dos ovos de ouro das administrações rosadistas, inclusive com histórico de denúncias envolvendo contratações de artistas e equipamentos para o Mossoró Cidade Junina. Parece que não sabem viver sem contratar artistas e promover eventos como o já citado MCJ, o Cortejo da Liberdade, entre outros.
Tem também a enxurrada de cargos comissionados que a secretaria costuma ter. A maioria pessoas sem nenhuma qualificação, a turma dos aplausos, do “linda”, das defesas espalhafatosas e extravagantes, dos arroubos, dos trejeitos etc.
Incentivo a artistas locais e resgate de nossa cultura, é? Engana que o povo gosta.
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Juntando todas as poupanças do Brasil, o saldo total é de R$ 665 bilhões. Mesmo na crise, ainda há muita gente que consegue guardar um dinheirinho. Vale destacar, contudo, que em 2015 e em 2016 o valor dos saques superou o dos depósitos, diferenças de R$ 53,6 bi e R$ 40,7 bi, respectivamente.
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Em artigo publicado na revista Época desta semana, o novelista Walcyr Carrasco relata que certa vez uma atriz famosa foi contratada para fazer um comercial de uma empresa de cosméticos. Na hora de se preparar para gravar, a maquiadora estava utilizando outra marca, uma importada. A atriz então perguntou por que não utilizavam a marca que estavam anunciando. A maquiadora disse que ninguém perceberia que usaram a marca importada, bem melhor. A atriz, conhecida pelos princípios sólidos, se levantou e foi embora, desfazendo o contrato.
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Os times de futebol de Mossoró – Potiguar e Baraúnas – vivem dias de penúria. Não é novidade, todo ano é assim, ao se aproximar o fim do campeonato. Pra completar, o Ministério Público recomendou à prefeitura municipal que não ajude as equipes. Soou como música aos ouvidos da atual gestão, que nunca mostrou muito interesse em ajudar o futebol local. Era o “pezinho” que queria.
A iniciativa privada tem ajudado, mas não de modo a conseguir manter os times em atividade. São ajudas esporádicas. Nenhuma empresa pega um time e coloca embaixo do braço, até porque, penso eu, não há empresa local com capital sobrando para tal empreitada.
O futebol de Mossoró é um caso de difícil resolução. Os apoios da torcida, da iniciativa privada e da prefeitura, quando existem, são insuficientes para manter um time em atividade.
Para piorar, quando – apesar da dificuldade – conseguem montar uma equipe competitiva, a arbitragem impede que alcem grandes voos. ABC e América sempre foram beneficiados pela arbitragem.
Não preciso ir muito longe. Ontem mesmo a equipe do Globo foi garfada no jogo contra o ABC. Já havia sido garfada no domingo, em jogo contra o América.
Times do interior só encontram adversidades. É uma luta inglória.
Uma resposta
Com a criação da secretaria, os a$$entos do Trem da Alegria devem acomodar até no máximo o mês de maio, a mesma quantidade de cabide$ da gestão anterior.
Ou seja, a marca das minhas previsões.
Retorno garantido. Valeu a pena gritar durante a campanha.