Ontem, li uma extensa matéria sobre os oito anos do governo do ex-presidente Barack Obama (2009-2016). No período, o único presidente negro da história daquele país não protagonizou nenhum escândalo. Todas as suas decisões foram tomadas de forma republicana e transparente.
A família Obama saiu da Casa Branca com a cabeça erguida, e hoje aproveita as “férias” de forma leve e tranquila, com enorme respeito da população.
De forma inversa, no Brasil os escândalos envolvendo políticos são diários.
Ontem, a bomba da vez recaiu na maior autoridade constituída do país, o presidente da República, excelentíssimo senhor Michel Temer.
Consoante declarações do empresário Joesley Batista à procuradoria Geral da República, o presidente teria compactuado para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. O silêncio custaria R$ 500 mil por semana durante 20 anos. A Polícia Federal teria gravado ao menos uma das entregas.
O empresário também disse que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) lhe pediu R$ 2 milhões, valor a ser usado para pagar sua defesa na operação Lava-Jato. A conversa com o pedido foi gravada, bem como a entrega do dinheiro, feita a um primo do senador e ex-candidato a presidente em 2014.
Joesley afirmou ainda que o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, era seu contato no PT para a distribuição de propina a petistas e aliados. Mantega também atenderia a interesses da JBS e da J&F no BNDES.
As informações foram trazidas em primeira mão pelo site do jornal O Globo, e imediatamente se espalharam pelo Brasil e pelo mundo. Ontem mesmo centenas de pessoas foram à Avenida Paulista protestar, assim como ao Palácio do Planalto. Empunham cartazes de “Fora Temer”.
PITACO DO TIO – O que acontecerá daqui pra frente é totalmente incerto. A população clama por uma renovação completa na classe política e no sistema. Não sabemos como as autoridades se comportarão quanto a isso. O presidente Michel Temer, por exemplo, já anunciou que cumprirá sua agenda normalmente, como se nada tivesse acontecido. Por outro lado, o deputado federal Alessandro Molon, da REDE, já protocolou um pedido de impeachement.
Ainda não houve nenhuma manifestação por parte da cúpula do Judiciário.
O Brasil vive dias de intensa tensão na política. Pelas redes sociais podemos sentir a insatisfação popular com a nossa classe política. O sentimento é de descrédito total e de busca por uma renovação total, expurgando tudo que está aí.
O brasileiro chegou ao seu limite da tolerância.
3 respostas
“O brasileiro chegou ao seu limite da tolerância.”
Será???
LIMITE – Tava pensando nisso também! Mesmo que tenha chegado, vai ter que aguentar mais, eu acho.
No nosso estado temos vários acusados, e todos praticamente já disse que são candidatos porque ?. SÃO TOTALMENTE HONESTOS E MERECEM OS VOTOS DO POVO DO RN, PARA CONTINUAR TRABALHANDO PELO NOSSO ESTADO E QUE TODAS AS ACUSAÇÕES CONTRAS ELES SÃO FALSAS. AMALDIÇOADOS PARA SEMPRE ESSA CORJA MALDITA, ENQUANTO ISSO O POVO SOFRE E MORREM NOS HOSPITAIS AS CRIANÇAS NÃO TEM ESCOLAS E SOMOS ASSALTADOS TODOS OS DIAS PELOS BANDIDOS DO DIA A DIA E POR ESSES AMALDIÇOADOS POLÍTICOS. Desculpas pelo desabafo, é a indignação total que fala por mim. Um abraço.