Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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A ROSA CONTRADITÓRIA – Dia e noite vejo rosalbistas dizendo que os seis vereadores que ajuizaram uma ação questionando a autorização pra empréstimos de R$ 150 milhões são contra Mossoró, pois ser contra o empréstimo é ser contra as obras que esse recurso garantirá. Claro que isso não é verdade, mas não esmiuçarei o assunto. A questão é outra.

O Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial (PROEDI) busca incentivar a instalação de indústrias no Estado, o que contribuirá para a geração de empregos etc.

A prefeita Rosalba Ciarlini (PP) é contra o projeto, inclusive ajuizou ação para combatê-lo. No caso, ela é contra o crescimento econômico do Estado, né? Com a palavra, os rosalbistas que demonizam os seis vereadores.

Quer dizer que a Rosa só quer dinheiro se for para ela administrar? Tem que ser na mão dela? Ah, entendi.

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POUCO PAPO E SÓ PUBLICIDADE – Já escrevi sobre isso várias vezes, mas sempre é bom repetir: os programas radiofônicos locais pecam pelo excesso de publicidade. Queria muito me informar dos fatos locais pelo rádio, vez que passo muito tempo ao volante, mas, invariavelmente desisto, porque sintonizo o rádio em busca de notícias, mas só ouço publicidade.

Sem conseguir obter o conteúdo local, sou obrigado a acionar o Radios.Net e ouvir rádios de outras regiões.

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VOU DAR UM EXEMPLO – Na última quarta-feira, quando sintonizei uma rádio local, estava iniciando uma entrevista que me despertou interesse. O apresentador deu o “boas vindas” ao convidado por volta das 7h10, quando ele então fez suas considerações iniciais. Aquele: “Obrigado pelo convite etc”.

Pois bem, sabe quando o entrevistado voltou a falar? Chute aí.

Vou dizer: às 7h38.

Absurdo total. Falta de respeito com os ouvintes e também com o entrevistado. Fosse eu teria ido embora.

Galera, vamos rever isso daí.

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CARNE – Com o preço da carne nas alturas, o jeito é elaborar receitas com os cortes mais em conta, como acém, mão-de-vaca, costela, entre outras. Não existe isso de carne de primeira e de segunda. O boi é um só. O que existem são carnes apropriadas para esta ou aquela receita. Não tem como fazer um cozido de picanha, nem mão-de-vaca na brasa, muito menos uma sopa de maminha.

O que notamos é que as chamadas carnes de primeira são aquelas que existem em menor quantidade do boi, como picanha e filé, por exemplo. Ou seja, o que as torna mais caras é a pequena quantidade, e não o sabor. Caso um boi tivesse dez quilos de picanha, este corte seria bem mais barato, mas como só há 1,5 kg de picanha por boi, em média, esse corte é mais caro.

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UMA CURIOSIDADE SOBRE ISSO – Em cidades do interior, os cortes possuem o mesmo preço, com algumas pequenas diferenças. Não raro o filé é facilmente encontrado, pois se trata de uma carne que muitos acham sem gosto. É macia, mas é sem gosto, por isso ela geralmente é preparada com muitos molhos e condimentos, para dar sabor.

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ENGRAÇADO – Por falar em carnes vendidas em mercados do interior, um morador lá de Governador Dix-sept Rosado, esta semana, estava indignado porque os magarefes de lá aumentaram o preço do quilo em R$ 5,00.

“Televisão tem vantagem e desvantagem”, disse ele, alegando que o aumento só ocorreu porque os comerciantes viram no noticiário. “O que diabos a carne de Governador, de boi abatido aqui, tem a ver com a China?”, esbravejou.

Realmente.

No caso, trata-se de um exemplo típico de especulação.

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E POR FALAR EM GOVERNADOR – Na última quarta-feira o prefeito Antonio Bolota (MDB) estava fazendo uma inspeção na ponte de madeira que dá acesso à região oeste do município. Bastante antiga, a ponte precisa de cuidados urgentes. É visível sua deterioração, inclusive com o madeiramento se soltando, assim como a precariedade da estrutura de ferro que a segura, corroída pela ferrugem.

Como o prefeito estava no local, acredito que em breve ele deverá tomar alguma providência. A situação pede uma ação imediata. Milhares de pessoas passam ali diariamente, inclusive veículos de grande porte, como caçambas.

Botemos fé.

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REFORMA DA PREVIDÊNCIA – Só lembrando que estados e municípios têm até o dia 31 de julho de 2020 para alterarem seus sistemas de previdência. Ou seja, fazer a reforma não é uma opção, mas uma imposição do governo federal para transferir recursos para os entes. Quem não fizer não receberá mais recursos do governo federal.

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O GRAU DA REFORMA – O que está a cargo dos estados e municípios é o grau da reforma. O governo federal estipula as mudanças mínimas necessárias, cabendo aos entes extrapolá-las ou não.

O governo federal, por exemplo, estipula alíquota mínima de contribuição de 14%. Cabe ao ente ficar nessa percentagem ou ampliá-la. O governo do Rio Grande do Norte decidiu ir além, com alíquotas de 14%, 16% e 18%. Atualmente é de 11%.

Não deixa de ser uma surpresa, pois a governadora do estado, Fátima Bezerra, assim como o seu partido, o PT, sempre se posicionaram contra a reforma proposta pelo governo federal.

Como não há a opção de fazer ou não, esperávamos que ela ficasse apenas no mínimo exigido.

Vale frisar que, mesmo sendo aprovada nos termos em que foi enviada para a Assembleia Legislativa, a reforma não torna a previdência superavitária, apenas diminui o déficit mensal.

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TRIBUNAL DO JÚRI – Dia desses, eu escrevi neste espaço sobre a grande quantidade de sessões do Tribunal do Júri que eram realizadas em Mossoró. Na oportunidade eu comentei sobre a elucidação de crimes, pois se há muitas sessões de júri, significa que muitos criminosos foram identificados, o que contraria o pensamento comum de impunidade.

Pois bem, descobri que este ano foram realizadas 136 sessões do Tribunal do Júri, contra 89 do ano passado, um aumento de 52,8%. Dados do Tribunal de Justiça.

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CUSTAS PROCESSUAIS – A Justiça Estadual do Rio Grande do Norte é a segunda mais barata do país em se tratando de custas processuais/judiciais, ficando atrás apenas da Justiça do Distrito Federal.

Um portal jurídico simulou uma ação de cobrança no valor de R$ 100 mil nos 26 estados do país mais o Distrito Federal. No Rio Grande do Norte as custas judiciais ficariam em R$ 708,55.

No Piauí, que tem a Justiça mais cara, ficariam em R$ 7.750,00.

Uma diferença e tanto.

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CAMPEONATO BRASILEIRO – Teremos nesse fim de semana a última rodada do Campeonato Brasileiro da Série A. Vai ser uma rodada sem muitas emoções. O regulamento de pontos corridos pode até ser mais justo, mas é muito sem graça. Há muitos anos não temos uma última rodada com jogos de peso. Geralmente os times vêm ganhando com algumas rodadas de antecedência. Monotonia.

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FAROESTE SPAGUETTI – Nos anos 80, a tv brasileira exibiu muitos filmes que tinham como protagonistas a dupla Bud Spencer e Terence Hill. No nosso imaginário, eram filmes rodados nos EUA, como tantos outros do estilo western.
Na verdade, os filmes tinham produção italiana, sendo conhecidos como “faroeste spaguetti”. Bud Spencer foi o nome artístico adotado pelo ator napolitano Carlo Pedersoli, falecido em 2016. O nome Bud foi uma homenagem à cerveja Budweiser, e Spencer, ao ator Spencer Tracy.
Terence Hill é o pseudônimo adotado pelo ator veneziano Mario Girotti, que ainda está vivo. Os filmes da dupla mesclavam faroeste e humor. Vale à pena rever algum no fim de semana.

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SUGESTÕES/CRÍTICAS – Esta coluna é atualizada às sextas-feiras, sempre às 04h59. Sugestões e críticas podem ser enviadas para o número 99648-2588 (WhatsApp).

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Uma resposta

  1. É irritante ouvir as Rádios de Mossoró, têm um programa na FM 94 Resistência do locutor Carlos Cavalcante ele fica até 30 minutos fazendo propaganda e não fala uma notícia se quer, na FM abolição o Jornal das 6:00 horas termina 10 minutos antes só pra ficarem fazendo propaganda até uns mais de 15 minutos, isso sem falar que nelas são proibidas de tocarem Músicas, tenho certeza que os donos dessas rádios de Mossoró não as ouvem.

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