O jornalista Mário Gerson lançará no próximo dia 4 de agosto, às 19h, no estande da GAZETA DO OESTE, durante a V Edição da Feira do Livro de Mossoró, o seu quinto trabalho, ganhador, recentemente, do Prêmio Rota Batida, uma parceria entre a Petrobras e a Coleção Mossoroense.
A obra – que leva o título de O Suspiro do Inimigo – conta com um ensaio crítico do escritor e professor Leontino Filho.
O livro foi um dos ganhadores da categoria contos, no Rota Batida III. É uma obra que reúne parte do que o autor produziu entre os anos de 2001, 2002 e 2008.
O Suspiro do Inimigo reúne 11 histórias e é dividido em duas partes. A primeira, intitulada Da Crônica dos Comuns traz relatos que mesclam cotidiano e percepções do fantástico. “Esses relatos estão atrelados a um tom – as histórias se inserem no contexto popular, de vivências comuns e dramáticas, além de terem forte teor irônico”, frisa Mário Gerson.
A segunda parte do livro, Das Marcas Interiores, evidencia o mesmo tom trágico, mas está mergulhada em ironia, situações cômicas, principalmente no conto O Drama de um Autor, um dos mais longos do livro.
A CRÍTICA DE LEONTINO FILHO – “O suspiro do inimigo apresenta onze narrativas, divididas em dois blocos. O primeiro, intitulado Da crônica dos comuns (com seis histórias) e Das marcas interiores, segundo momento do livro contendo cinco histórias. Pode-se assegurar que a divisão dos contos em duas seções, obedece a um critério eminentemente temático e segue um viés atrelado a um tom, ora mais trágico ora mais irônico, ora mais dramático ora mais risível; não obstante, nas duas partes do livro, personagens, espaços, tempo, tom e mesmo narradores permutarem seus lugares, com certa freqüência. O suspiro, neste caso, desconhece fronteiras, não se comprime na opacidade de tons. As histórias cambiam, em última análise, nuances, não requerendo para si a exclusividade de uma voz onipotente a orquestrar todo discurso. O que é comum a todas elas, centra-se no senso de economia narrativa e na exata tonalidade dos relatos a cargo de um narrador provocado por uma consistência rítmica que faz de cada exótica e idiossincrática história, um conto onde o humano é extraído em toda sua grandeza, uma espécie de confirmação ao ensinamento de que das pequenas imperfeições surge o texto de valor artístico, como é o caso da prosa de Mário Gerson”, diz Leontino Filho.
“Mário Gerson, em suas mediações ficcionais, sabe construir mundos de diferentes maneiras; sabe habitar as redondezas alegóricas de variadas ordens; sabe evidenciar com o olhar carinhoso e ao mesmo tempo implacável a corrosão dos seres em depuradas sínteses artísticas; sabe, como bom prosador, potencializar as fraquezas humanas tão coladas no destino franzino de cada indivíduo; é por isso que sua prosa equilibrada, formosa, límpida e densa de um lirismo que beira, vez por outra, a tragédia intensifica os rumores da vida e o coloca como um verdadeiro artista do conto, esta arte tão intricada, como atesta o escritor Ivan Ângelo: “Conto é muito difícil de escrever, mas é o que me fascina. Todo mundo pode escrever um conto, mas como escrever um conto que pouca gente pode escrever? Esse é o desafio”. Com O suspiro do Inimigo, Mário Gerson superou, e muito bem, a provocação do contista”, frisa.
O AUTOR – Mário Gerson nasceu em Mossoró – RN, em 16 de dezembro de 1981. Começou a produzir seus primeiros escritos aos 13 anos de idade. Desde muito jovem teve contato com a literatura. Juntamente com a Fundação Vingt-un Rosado – Coleção Mossoroense, em 1999, lançou seu primeiro trabalho: Traços Poéticos, por um projeto denominado Poema na Escola. Foi colaborador aos sábados do jornal O Mossoroense. Juntamente com as poetisas Kalliane Sibelli, Graciele de Lima e o Grupo Apogeu, logo a seguir com o projeto Pedagogia da Gestão, editou o jornal cultural mensal e literário Clandestino, jornal este que contou com 17 edições. Mário Gerson também, em 2002, lançou seu primeiro livro, O Catador de Espumas. E, em 2001, foi terceiro lugar no Concurso Vingt-un Rosado de Poesia, promovido pela Prefeitura Municipal de Mossoró. Em 2006 foi o ganhador do Prêmio Dorian Jorge Freire de Jornalismo, organizado pela PMM, tendo como jurados os jornalistas Adísia Sá, Woden Madruga, Osair Vasconcelos e o escritor Pablo Capistrano. O trabalho vencedor no prêmio de jornalismo foi publicado, em livro, pela Prefeitura Municipal de Mossoró e distribuído em escolas, bibliotecas e faculdades de jornalismo do Estado e do Nordeste. No ano seguinte foi ganhador do Prêmio de Poesia Maria Sylvia de Vasconcelos Câmara, também da PMM. Em 2008 lançou uma novela, intitulada A Morte do Pescador, com selo do Jornal Plural.
Já teve vários de seus poemas editados em jornais literários, como o extinto O Galo (da Fundação José Augusto), e já colaborou com a revista Preá, no quadro “Escritura Potiguar”, de Natal, e o Diário do Nordeste, na página de cultura, entre outros. A revista CULT de fevereiro de 2004 destacou em seu quadro RADAR CULT alguns poemas do autor.
Atualmente é Editor do Caderno EXPRESSÃO, jornal GAZETA DO OESTE. É Universitário do Curso de Comunicação Social – JORNALISMO – da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.
É conselheiro editorial da Queima-Bucha, de propriedade do poeta Gustavo Luz, membro do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP) e sócio-correspondente da Academia Apodiense de Letras (AAPOL).
3 respostas
Erasmo, obrigado pelo apoio na divulgação do meu trabalho. Valeu por todos os incentivos.
Parabéns ao Mário (a quem devo uma visita) pelo novo livro, fico feliz pelo amigo e vou tentar não faltar ao lançamento. Parabéms amigo Mário Gerson.
Valeu Ricarte. Quando quiser aparecer, é só ligar, a gente escuta um Jazz e toma aquele vinho sem álcool. Noutro tempo, na casa velha da Rio Branco, era bolacha creme craker com café. Ai novo!