Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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O sistema carcerário de Mossoró passa por um período periclitante, sobretudo depois da decisão judicial que impede a entrada de novos presos na Cadeia Pública Manoel Onofre Lopes. Sem poder levar os presos provisórios para o lugar correto, que é a citada cadeia, a polícia os vem avolumando na Delegacia de Furtos e Roubos (Defur). Inicialmente apenas uma de suas quatro celas estava disponível, o que ensejou a permanência de mais de vinte presos onde cabia, no máximo, quatro. Ante a pressão dos presos e da Comissão de Direitos Humanos da OAB, as outras três celas foram consertadas e também passaram a acomodar presos, contudo, a situação já volta a preocupar.

Quem trabalha na área diz que em menos de dois meses cada cela estará abrigando mais de vinte detentos. O período coincide com a data do evento Mossoró Cidade Junina (MCJ), quando costumeiramente são presas várias pessoas por dia. Como a situação é complexa e por tal razão não há soluções simples e imediatas, ninguém sabe ao certo para onde irão aqueles que forem presos no MCJ. A única saída a curto prazo, comentam alguns, é a anulação da decisão judicial que impede a entrada de novos presos na Cadeia Pública Manoel Onofre, até porque se o intento do Judiciário era proteger a dignidade dos presos, tal decisão está surtindo efeito contrário.

 Uma simples visita à Defur comove até o mais impiedosos dos homens. Nem animal vive naquelas condições. Dentro da harmonia que deve existir entre os poderes, a entrada de presos na cadeia pública deveria ser liberada por mais um ano, prazo que o estado teria para, obrigatoriamente, solucionar o problema.

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