Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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 Até onde vai o direito do jornalista de resguardar sua fonte? Esse filme trata justamente deste assunto, o que faz com muita propriedade.

Na película, uma conceituada jornalista descobre a identidade secreta de uma agente da CIA, bem como sua função no órgão. Tudo é colocado numa extensa matéria, a qual se torna destaque em todo país, vez que a atuação da agente envolvia as relações dos EUA com a Venezuela.

Após a publicação da matéria, a jornalista passa a ser questionada pelas mais altas autoridades do país, que querem de todas as formas que ela revele o nome da pessoa que lhe passou as informações. Alegam ser o assunto uma questão de segurança nacional.

Como não revela a fonte, a jornalista sofre inúmeras represálias do governo, inclusive uma decretação de prisão em seu desfavor.

Muito bom o filme, de final fascinante. Recomendo. Uma dica do amigo Lindemberg Lima, o Berguinho. Nota: 9,0.

No papel principal, a beldade Kate Backinsale.

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Uma resposta

  1. Amigo, assistir ontem um excelente filme, HACHIKO, “A Dog’s Story” – “Sempre ao seu lado”, adaptado pelos americanos, conta-nos a história do professor universitário, de meia idade, Parker Wilson (Richard Gere), que ao ir pegar o metrô em Nova York, encontra Hachiko, um filhote de cachorro da raça akita, que estava perdido na estação. Seu roteiro baseou-se em um fato real ocorrido no Japão, no início do século. O fato transformou-se no mais lindo e conhecido conto japonês: o Chuken Hachiko (O Fiel Hachiko). O filme é um remake do original japonês, de 1987, Hachiko monogatari.
    Na película, a atração entre os dois, cão e professor, é incrível e ambos tornam-se amigos naquele momento. O professor leva o animalzinho para casa e ele conquista a todos, mas é com Parker que ele cria um profundo laço de amizade e fidelidade. Parker tenta encontrar o dono do cachorrinho, mas sem sucesso. Com o tempo ambos vão apegando-se cada vez mais. Hachi (ou Hachiko, em sua forma diminutiva) como é chamado, acompanha seu dono todos os dias, pela manhã e à tarde, até que um dia seu dono não retorna, pois fora vítima de um derrame e morrera na Universidade. Na história real, tanta devoção por parte de um cão, chama a atenção de um jornal que escreve um artigo intitulado “Velho e fiel cão espera pelo retorno do dono por dez anos”, publicado na edição do Asahi Shinbun de 4 de outubro de 1933. O texto impresso tornou-se um registro histórico de uma história ímpar sobre lealdade, fidelidade e incondicional amor de um cão para com seu dono. Tão incrível e bela era a história contada no artigo, que a atenção de todo o povo japonês foi despertada por ela. Mais tarde o mundo acabaria se rendendo a tal história. O nome do protagonista da história contada pelo Asahi Shinbun, era Hachiko, um cão branco da raça Akita e o ator coadjuvante seu dono, o Dr. Ueno. Pode-se dizer que a história toda teve início muito antes daquele 4 de outubro de 1933, quando o artigo foi publicado. Toda história começou em novembro de 1923, exatos dez anos antes. Naquele mês e ano nascia Hachiko, na cidade de Odate, província de Akita. Em 1924, Hachiko foi enviado à casa de seu futuro proprietário, o Dr. Eisaburo Ueno, um professor do Departamento Agrícola da Universidade de Tóquio. A história conta-nos que o professor estava desejoso por ter um Akita há anos, e quando recebeu seu ansiado cãozinho, deu-lhe o nome de Hachi. Algum tempo depois passou a chamá-lo carinhosamente pelo diminutivo, Hachiko. Foi amor à primeira vista, pois, desde então, se tornaram amigos inseparáveis. O professor Ueno morava em Shibuya, subúrbio de Tóquio, perto da estação de trem que tinha o mesmo nome (nome mantido até hoje). Ele utilizava o trem como meio de transporte diário até o local de trabalho, então tornou-se parte integrante da rotina de Hachiko acompanhar seu dono todas as manhãs até lá. Caminhavam juntos o percurso que ia de casa à estação de Shibuya. O mais incrível disso tudo era o fato de que Hachiko parecia ter um relógio interno, e sempre às 15 horas retornava à estação para encontrar o professor, que desembarcava do trem da tarde, para acompanhá-lo no percurso de volta a casa. Porém, algo de trágico estava para acontecer no dia 21 de maio de 1925. Hachiko, que na época tinha pouco menos de dois anos de idade, como era de seu costume, lá estava na estação, pacientemente à espera de seu dono. Entretanto, o professor Ueno não retornou naquela tarde de 21 de maio, pois sofrera um acidente vascular cerebral (derrame) na Universidade e falecera. Sem saber o que acontecera com o grande amigo, naquele dia o leal e fiel Akita esperou por seu dono até de madrugada. Após a morte do professor Eisaburo Ueno, conta-nos a história que seus parentes e amigos passaram a tomar conta de Hachiko. Mas, tão forte e inexplicável era o vínculo de afeto para com seu amado dono, que no dia seguinte à morte do professor ele retornou à estação para esperá-lo. E assim, todos os dias, manhã e tarde à mesma hora, o cão retornava à estação na incansável esperança de reencontrá-lo. Às vezes, não voltava para casa por dias. Isto aconteceu por dez anos seguidos, constituindo uma presença familiar e original para o povo que utilizava à estação. Com o passar dos anos e visivelmente debilitado em conseqüência de artrite, Hachiko não deixava de comparecer diária e religiosamente à estação. Nada nem ninguém o desencorajava de fazer sua peregrinação. Sua história teve fim em 8 de março de 1935, quando aos 11 anos e 4 meses, Hachiko foi encontrado morto, no mesmo lugar, na estação onde por anos a fio esperou pacientemente por seu dono. Hachiko, tornou-se um referencial de amizade talvez jamais igualado em qualquer época na história. Sua imensa lealdade e fidelidade receberam o reconhecimento de todo o Japão. Em 21 de abril de 1934, quase um ano antes de sua morte, uma pequena estátua de Hachiko, feita de bronze pelo famoso artista japonês Ando Teru, foi inaugurada em sua honra numa cerimônia perto à entrada da estação de Shibuya, local onde morreu

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