Há algum tempo, numa conversa informal, o vereador Ricardo de Dodoca (PDT) disse a Claudionor dos Santos (PDT) que não votaria nele novamente para presidente da Câmara Municipal. Como à época o presidente contava com ampla vantagem, a resposta foi em tom de deboche: “não preciso de seu voto”.
Após esta conversa houve, como todos sabem, uma reviravolta e a maioria da Câmara passou a ser de opositores a Claudionor, num placar apertado de 7 a 6.
Ontem, por ironia do destino, Ricardo de Dodoca foi o último a votar na eleição da Mesa Diretora para o biênio 2011/2012, e claro, não poderia perder a oportunidade de relembrar aquela conversa de outrora. Baixinho, sussurrou para Claudionor dos Santos: – Vou depositar agora aquele voto. Aquele, lembra-se?
Esse é apenas um dos vários episódios que envolvem a eleição de opositores ao governo municipal para presidente da Casa Legislativa. O maior número de fatos envolve propostas indecorosas, tentativas de intimidação, telefonemas na alta madrugada, vigilância constante etc.
Ontem à noite, os sete vereadores que elegeram Silveira Júnior (PMN) como novo presidente reuniram os amigos para uma confraternização no Astra 21.
Curiosamente, o local fica situado no bairro Pintos, reduto eleitoral do futuro ex-presidente Claudionor dos Santos.
Os fogos de artifício soltados durante toda a noite devem ter deixado Claudionor de olhos bem abertos.
Parabéns a Silveira Júnior (PMN), Lahyre Neto (PSB), Jório Nogueira (PDT), Daniel Gomes (PMDB), Genivan Vale (PR), Ricardo de Dodoca (PDT) e Zé Peixeiro (PMDB).
Uma resposta
“Os fogos de artifício soltados durante toda a noite devem ter deixado Claudionor de olhos bem abertos.”
Será que essa postura é correta? Ou o que mudou foi apenas os nomes mas a CMM continuará a mesma?
Vejo muita bomdade no discurso do presidente eleito. Sempre fico com um pé atrás quando vejo essa postura por parte de um político.