Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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O secretário municipal de cidadania, professor Francisco Carlos, escreve ao blog para contrapor postagem aqui publicada no último domingo, 24abril, com o título “Mossoró Cresce, Apesar de Fafá”. Leiam abaixo as ponderações do secretário Francisco Carlos:

Gostaria de contribuir com o espaço aberto para discutir o momento econômico e social de Mossoró. Acho a discussão apropriada e parabenizo-o pela abordagem. Mossoró precisa do debate qualificado. No entanto, gostaria de fazer algumas ponderações sobre algumas das informações apresentadas.

Por exemplo, na postagem “Mossoró cresce, apesar de Fafá Rosado”, afirma-se: “Segundo o IPEA, todas as cidades brasileiras entre 100mil e 500mil habitantes crescem acima da média mundial”. Essa é uma informação verdadeira. Aliás, foi esse estudo que fundamentou a Revista Veja ao colocar Mossoró entre as 20 metrópoles brasileiras do futuro, de um total de 233 municípios analisados pelo IPEA, que reconhece o papel do poder público. Mossoró recebeu esse destaque pelo relevo alcançado entre as cidades de médio porte.

DESENVOLVIMENTO É UM ESFORÇO COLETIVO.

Mossoró cresce, também, devido à Fafá Rosado.

A afirmação: “Cidades como Itapoá (SC), Itaboraí (RJ) e Palmas (TO) cresceram assustadoramente nestes últimos anos… nenhum deles está relacionado ao poder público”, no entanto, precisa ser revisada, uma vez que a possível fonte da informação, Rogério Marques (acessível em  http://rogeriomarquesbsb.blogspot.com/2011/04/as-cidades-de-palmasto-itapoasc.html), não faz essa afirmação. Vamos analisar os casos:

Em Itaboraí (RJ) – o desenvolvimento decorre da construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, pela Petrobras (http://www.ipaeco.com/port/?p=127). 

Em Palmas (TO) – Desde 2005 a prefeitura (administrada pelo PT) firmou 45 contratos com o Governo Federal. O Presidente da CEF, Carlos Borges, elogia o trabalho da prefeitura (http://conexaoto.com.br/2009/08/20/andamento-de-obras-de-infra-estrutura-do-pac-em-palmas-e-elogiado). Palmas é uma cidade nova, capital fundada e impulsionada pelo poder público.

Agora, em Itapoá (SC), a força motora do crescimento é o porto que está sendo construído pela iniciativa privada. Os acionistas podem ser identificados no sítio http://www.portoitapoa.com.br/acionistas.asp. 

Macaé (RJ) não foi citada na sua postagem, no entanto, Rogério Marques afirma que o desenvolvimento, iniciado em 1977, decorre da instalação da Petrobras na Bacia de Campos (investimento público).

O investimento público em 3 dessas cidades não pode ser desconsiderado. Contudo, não devemos exclusivamente ao estado o papel de promotor do desenvolvimento, pois este é fruto do esforço coletivo. Não tem DNA específico. Resulta da conjuntura e da estrutura econômica, do investimento privado, da atuação do poder público, da capacidade técnica e empreendedora do povo, etc.

Mossoró reflete tudo isso e mais: a contribuição da prefeitura é real e não pode ser desconsiderada. Ainda mais se admitirmos que os governos municipais possuem poucos e limitados instrumentos de política econômica. No nível de sua influência e daquilo que, honestamente, se pode esperar de um prefeito, Fafá Rosado cumpre muito bem seu papel.

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