Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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Há uns quatro anos, talvez até mais, um amigo me falava sobre um profissional da imprensa que perseguia a família dele. Um ponto da conversa me marcou. Ele disse ter certeza que aquele profissional não era feliz, pois não é feliz uma pessoa que demonstra tanto ódio, tanto sentimento de vingança, que passa 24 horas procurando meios e formas de destruir outrem. “Onde há ódio não há felicidade. São sentimentos incompatíveis”, filosofou, até.

Nove fora a questão da picuinha, que aqui a relego a um plano secundário. Cabe discutir a questão do ódio. Há pessoas que tratam este sentimento como um animal de estimação, alimentando-o todo dia. Não chegarão a lugar algum. Ódio e felicidade são, realmente, incompatíveis.

Tenho muitos amigos, e o que constato é que aqueles que mais falam mal dos outros – Os que dizem não gostar de fulano ou beltrano – são os mais infelizes. Aqueles que procuram entender as pessoas, aceitando as diferenças, e que não praticam o fuxiquismo, demonstram sempre um ar de alegria, de contentamento. A felicidade é explícita naquele que deixa a vida lhe levar, do que vive e não tem vergonha de ser feliz e do que vive la vida.

Em todas as relações, sejam afetivas, de amizade ou familiares, devemos sempre praticar o saudável exercício de nos colocarmos na situação do outro. Esse desprendimento do egoísmo poderá evitar um mal maior, que é o ódio, esse sentimento que tanto impede as pessoas de serem felizes.

Todo mundo erra. Releve os erros alheios sempre que possível. Livre-se do orgulho e do egoísmo, afastando assim o ódio e seus irmãos, a raiva e o rancor. Nada disso faz bem, e tudo isso destrói.

Será que o coiote, que vive a perseguir o papa-léguas, é feliz? Claro que não.

 E não me canso de repetir: ódio e felicidade são incompatíveis. Onde há um não há o outro.

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