Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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VELHAS PIADAS – Fim de semana se aproxima, e com ele a possibilidade de algum churrasco por aí, e com ele aquelas velhas piadas e tiradas de todo o sempre. Como o carnaval acabou há poucos dias, haverá sempre o engraçadinho que perguntará se você viu “a mangueira entrar”, e ele então dará um sorriso como se tivesse dito algo nunca pensado antes.

O sujeito entra e senta à cabeceira da mesa. Já viu, né? Não faltará um para dizer: “quem senta na (sic) cabeceira paga a conta”. Também não faltará um sujeito fazendo piada com linguiça, associando-a …você sabe a quê; e outro perguntando se você gosta de “verdura”, após servirem o molho vinagrete.

Se surgir uma roupa ou um penteado diferente tascam a pergunta: “Onde você comprou tinha para homem?”, e a resposta padrão: “Por quê? Quer comprar pro seu namorado?”.

Quanto às idades, sempre tem um que vai fazer 24 anos. Nestes casos o sujeito responde as pilhérias – que, claro, existirão – dizendo que completará 23+1, ou alguma variação, 25 -1, 22 + 2. Sempre tem também o sujeito do signo de Virgem. “Mas só o signo, né?”.  

 O dia começa a escurecer e o DJ começa com seu “tukiti tukiti tukiti”. Se tocar I Will Survive não faltarão piadas.

Tem também a do chiclete. Impossível um homem oferecer chiclete a outro sem antes perguntar se ele gosta de chupar… chiclete. O “você gosta?” se estende a pepinos, bananas, salsichões.

Para piorar, sempre tem um pândego com um estoque infindável de perguntas de duplo sentido: “Eu compro um feijão, se eu cozinho é meu?”; “Café é bom na cafeteira ou no coador é mais gostoso?”. “Você corre ou só caminha?”.

O curioso é que ainda há quem ri dessas coisas.

E lá vem as sobremesas, e entre as opções o velho pavê, e a velha pergunta boba e manjada: “É pavê ou pra comer?”. Essa é triste!  

Particularmente deixei de dizer várias destas tiradas quando tinha uns 10, 11 anos, pois já as percebia manjadas. Não deixei, contudo, de ouvi-las. Finalzinho de dezembro algumas pessoas me perguntaram aonde eu iria “romper o ânus”.

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