Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

8

  

matoso-4 

 

Chegou, cambada, hoje é sexta-feira. E chame o menino para comprar o tira-gosto. A Equipe do Copão dá continuidade ao projeto “Copão Itinerante”. A reunião hoje será no restaurante Zé Porquinho, na Boa Vista. Não se confundam. A partir das 18h a turma começa a chegar.

Onde estão teus olhos negros?

Onde estão teus olhos negros?

Ei, Paulo Almeida, o que você acha do cara que, após receber a informação de que não tem mais copos, sapeca: – “Tem nada não, eu bebo no mesmo copo que Fulano. Com a gente tem isso não”. Rapaz, isso é coisa de quem, quando criança, dizia que queria ser bailarino. Menino, pelamordedeus, queira ser um lutador de boxe tailandês, com suas técnicas de concentração, velocidade e precisão.

*

Essa é boa: Em 1954, o jornalista Assis Chateaubriand era candidato ao senado federal. Na campanha, fez um comício em Currais Novos (RN) totalmente incompreensível para o homem sertanejo daquela época. Para se ter uma ideia, ele se limitou a divulgar o pensamento do filósofo suíço Jean-Jacques Rousseau, usando palavras cultas e termos filosóficos. Todo mundo saiu do comício sem entender nada, nem as palavras, nem quem era aquele homem. Apenas no final do comício Assis Chateaubriand foi avisado por assessores que Currais Novos pertencia ao RN e não a PB, estado pelo qual Chatô concorria ao senado. O homem perdeu-se nas andanças. 

Ei, Ranieri, o que você acha do cara que tem o cabelo grande e cuida dele, seja fazendo pranchinha, cortando reto, além de a todo instante mudá-lo de lugar com a mão e, claro, mexendo a cabeça junto, dando verdadeiras revoadas. Isso é coisa de quem faz biquinho para esfriar o café. Né, não? Homem macho que decide ter cabelo grande tem que agir na base do abandono, deixando o cabelo agir por conta própria, seguindo o rumo que ele bem entender. O homem macho que tem cabelo grande não sabe nem que tem cabelo grande. Esquece. É quase um neanderthal.

*

Esta semana eu estava ouvindo o programa RPC Patrulha, com Agenor Melo, quando uma senhora liga totalmente desesperada. Nem ao menos conseguia falar:

– Agenor, eu queria sua ajuda, pelo amor de Deus.

– Como é seu nome?

– Por favor, me ajude. Não sei o que fazer. Estou desesperada.

– Tenha calma, senhora, vamos ajudá-la. O que foi?

O clima já estava tenso e todos imaginam que algo de muito ruim estava acontecendo com aquela mulher.

Diante de nova insistência de Agenor Melo ela então sapecou:

Meu filho, é que (choro, muito choro) minha eguinha está (choro e soluço) muito doente. Eu queria que um veterinário tivesse compaixão de mim.

– O que o animal tem?

– Agenor, meu filho, a bichinha arriou as pernas. Ela (choro) ta muito doente. Alguém me ajude, QUE ÉGUA TAMBÉM É GENTE.

E assim continuaram a conversa. A gente vê cada coisa nesse meio de mundo. E por falar em Agenor, vai aparecer hoje?

Ei, Michel, o que você acha do cara que MANDA colocar um espelho no quebra-sol do carro? Um amigo que trabalha numa equipadora disse-me que nesta semana chegou um rapaz por lá pedindo que colocasse um espelho no quebra-sol, pois seu modelo de carro não tinha vindo com este acessório que ele disse julgar essencial para saber se está com uma aparência legal, apresentável. Rapaz, isso é coisa de quem é santa, de quem escapole e escorrega. Né, não? Aff!

*

“O número de pessoas que trabalham numa repartição é menos da metade” (Millôr Fernandes).

 *

chrisvince44 

 

Bem semelhantes o ator Chris Vance, da série Mental, e o promotor de Justiça Ítalo Moreira, de Mossoró.

*

Rapaz, Betinho Rosado lutou tanto por uma CADEIRA na Câmara dos Deputados que não quer mais sair dela. Ele deve ter atolado nessa CADEIRA desde que chegou ao Congresso. Ninguém mais o vê nem escuta falar de suas ações como deputado federal.

 *

 

dedechatim

Que nome de rua, hein? Alguém sabe a origem?

*

Flatulência e cálculo renal são típicos desarranjos da classe alta. O pobre peida e tem pedra no rim.

*

 Há alguns anos eu estava numa roda quando começaram a perguntar com que vestes cada um dormia (conversa sem futuro, né não?). Uns dormiam de pijama, outros de calção, alguns de cuecas e outros dormiam nus. Um dos que dormiam de calção disse que “Deus me livre” dormir pelado. Perguntaram então o porquê de tanta aversão a esta opção. Ele então sapecou a justificativa mais louca que já ouvi em toda minha vida:

– Rapaz, já imaginou se durante a noite a casa pega fogo e eu tenha que sair correndo apenas de lençol para o meio da rua. Os bombeiros apagando o incêndio e eu lá, de lençol?  Ave Maria, esse povo imagina cada coisa.

Vou nem comentar sobre o cara que sabe a diferença entre as cores pérola e marfim.

*

“Não entendo como alguns escolhem o crime, quando há tantas maneiras legais de ser desonesto” (Al Capone).

*

O negócio é o seguinte: quando a pessoa, sobretudo o político, diz que não aceitará o convite porque já tinha outro agendado, sem dizer qual, significa que ele não tem compromisso nenhum. Quando o compromisso realmente existe a pessoa diz qual é.

– Obrigado pelo convite, mas não poderei ir porque na mesma data e horário estarei em Patu ministrando uma palestra sobre o porquê das canetas sumirem tanto. Concorda comigo? Esse negócio de existir outro evento sem dizer qual é enrolação.

*

E vamos que vamos, pois ganhar é fácil, o difícil é ser um vencedor.

 

Compartilhe

8 respostas

  1. Erasmo, Dedé Chatim foi um desportista muito conhecido, freqeuntador do estádio. Era muito popular e tinha este apelido por gostar de gozar dos torcedores adversários à exaustão quando o time mesmo sofria alguma derrota, de maneira a ser chamado de “chatinho”. Era uma figura folclórica e muito estimada na cidade. Salvo engano, era funcionário da companhia de eletricidade do estado. Lembro de um epsódio que o mesmo saiu no centro da cidade usando um colar de lâmpadas no pescoço afim de gozar dos torceddores, não recordo se Potiguar ou Baraúnas, que havia perdido uma uma partida no dia anterior para o Força e Luz (time da companhia de eletricidade que disputava o campeonato estadual da época). Por estes motivos foi homenageado com o nome em uma rua lateral ao estádio Nogueirão. Era uma figura.

  2. Erasmo, no dicionário de Ruas e Patronos de Mossoró, de Raimundo Soares de Brito deve ter algo sobre essa rua. Vou procurar e lhe digo.

  3. Erasmo,
    Dedé Chatim era um apaixonado pelo futebol de Mossoró. Ele se ligava, por amizade, a profissionais da imprensa esportiva. Muito amigo do narrador Evaristo Nogueira.Tinha origem no Alto São Manoel.

    Era “chato”, no sentido de ter espírito gozador com os adversários, daí o apelido. Nunca soube o seu nome de registro civil.

    O nome da rua, com placa aposta no Nogueirão, é uma homenagem à memória do desportista que ele foi.

    Um abraço,
    Nilo

  4. DEDÉ CHATIM – Em 2005, quando o VASCO DA GAMA – RJ, veio jogar aqui (no dia 14 de abril), perguntei a meu pai (in memoriam) se queria ir comigo ver o jogo do VASCO DA GAMA – RJ, mas ele não pôde ir. Eu disse que iria entrar pela Rua Dedé Chatim, ao que ele pontou que havia conhecido tal pessoa – estimo que entre os anos 50s e 60s -, detalhando apenas que era um cidadão de baixa estatura. Recentemente, referi-me a essa rua quando mencionei a um conhecido um lugar para se jogar xadrez ao ar livre, um estabelecimento numa rua perpendicular, igualmente circundando o Nogueirão; dito estabelecimento fica à esquerda de quem vem da Central do Cidadão, logo após o cruzamento com a Dedé Chatim. Vi um ex-professor jogando lá e fiquei sapeando o jogo.

  5. tio colorau, essa converssa de domir de pijama me chamou atenção por que na semana passada eu tava na RIACHUELO e um rapazinho ao meu lado pergunta pra a vendedora se ali tinha pijama de seda cor de rosa, eu olhei pra ele e ví que ele é um menino dengoso e mija de cócoras. até mais.

  6. Tio Colorau, o cara que mandou instalar um espelho no quebra-sol do carro fez lembrar um ex-professor do 2º grau, que, segundo seus próprios colegas professores, tinha o hábito de andar com um espelho, para, de vez em quando, ter uma visão traseira do seu próprio corpo, com o objetivo de saber se estava com o bumbum (isso mesmo, o bumbum) legal, se tava de bom tamanho, se ficou bem na roupa. Imagine a cena, o cara com um espelho de mão, apontando para o bumbum. Acho que voce já ouviu essa história. Tem doido pra tudo! Valeu!

  7. dede chatin era um grande desportista mossoroense, torcedor fanatico do baraunas e do vasco da gama, dede era tao chato que serta vez chegou a ser proibido de entrar no estadio nogueirao. dede chatim morreu vitima de acidente automobilistico na br 304 entre o rio angicos ea cidade de assu.

  8. adorei ver as historias de dede chatim(meu pai)de saber como ele foi querido!!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *