Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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De cinco anos para cá, o número de veículos nas vias e estradas aumentou consideravelmente, fruto do crescimento econômico do país e da facilidade para obter crédito. Com o aumento do número de veículos trafegando, também há a necessidade do aumento da atenção por parte dos motoristas. A possibilidade de colidir com outro veículo aumenta na mesma proporção que eleva o número de carros e motos circulando.
Em Mossoró, há alguns pontos críticos, onde os riscos de acidentes são altos. As obras do Complexo da Abolição são um exemplo, com falhas na sinalização, iluminação e logística. Há, todavia, grande culpa por parte dos motoristas de caminhões/carretas e táxis, sobretudo. E é sobre este último tópico que me reportarei hoje, vez que dos anteriores já escrevi à larga.
Ao trafegar pelo trecho em obras, os motoristas devem manter cuidado e atenção redobrados, e dirigir com velocidade abaixo da costumeira, justamente pela falta de sinalização, iluminação e logística, mas há os que trafegam em ritmo normal, como se a estrada estivesse em perfeito estado de uso, e estes, sobretudo motoristas de caminhões e taxistas, ficam buzinando e forçando os cautelosos a dirigirem no mesmo ritmo deles, o que, muitas vezes, causa acidentes. Não adianta culparmos apenas a empresa que está efetuando as obras, é preciso observar que há muitos motoristas imprudentes, que dirigem no trecho em alta velocidade, e que, através de buzinas e lances de farol, querem que os demais façam o mesmo.
Outro trecho que merece atenção especial é o cruzamento da RN-117 com a BR-304, saída para Governador Dix-sept Rosado. Quase diariamente há colisões no local, pois os veículos que chegam neste cruzamento, vindo de qualquer um dos quatro trechos, podem tomar todas as direções possíveis. É um “seja o que Deus quiser, fui”. Há uns cinco anos, era bem mais fácil atravessar a BR, para quem vem pela RN-117, mas hoje em dia, justamente pelo aumento de veículos em circulação, a espera é bem maior, e também neste trecho há os motoristas que ficam forçando os cautelosos a passarem, no estilo: “Vai, dá tempo”. O seguro mesmo é só atravessar quando não vier veículos em nenhuma direção. Espera-se mais, mas o risco de colisão é quase zero.
No trânsito, é bom andar sempre em mente com um conhecido ditado árabe: “devagar se vai ao longe”.
ADENDO – Hoje pela manhã fui testemunha ocular de uma colisão frontal entre um carro e uma moto, na Rua Joaquim Nabuco, Alto da Conceição. O motorista estacionou seu veículo na contramão, e, quando foi sair, abalrroou de frente com uma moto que vinha na mão. À primeira vista os dois estavam errados, o do carro por ter estacionado e saído pela contramão e o da moto por vir em alta velocidade. A cena que vi pareceu-me com aquelas de dublês que vimos na tevê. O piloto da moto saiu bolando por cima do carro, caindo atrás deste, mas aparentemente, e graças a Deus, estava consciente e se dizendo bem.
A cada dia que passa dirigir merece mais atenção do motorista. Nada de vexame, de imprudência, de alta velocidade. Mantenhamos sempre em mente o “devagar se sai ao longe.

OBS. Num clássico episódio do desenho animado Pateta, este fica possesso e enfurecido ao volante de um veículo, daí o título do post.

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3 respostas

  1. O TRÂNSITO EM MOSSORÓ – É raro que o assunto não venha à baila numa ou noutra conversa informal mais demorada, e sempre estamos pontuando observações. Eu próprio acho que há muito lugar onde se pode dobrar; trafegando pela João Marcelino, várias vezes tenho que parar bem no meio da faixa de rolamento porque o carro a minha frente fez o mesmo, o lugar era estreito e impediu a passagem, mas entendeu que devia dobrar ali, e, por isso, os demais que se virem, ou esperem, parados, perdendo tempo, até que o fluxo contrário se esgote. Um local onde se evitou passagem e curvas foi no prolongamento da Augusto Severo, já próximo do Cemitério São Sebastião; vindo pela Juvenal, não se pode mais cruzar o trânsito porque o canteiro foi fechado; ideia merecedora de aplauso! Várias e várias vezes tive que parar ali porque um ônibus decidiu interromper o trânsito, a seu bel-prazer; e as outras pessoas? É simples: que esperem! Mesmo na preferencial. Canteiro fechado, problema resolvido. Outro ponto em que o trânsito pode ser melhorado: tempo de duração do semáforo verde; fecha muito rápido, o motorista mais próximo nem sempre percebe a mudança da luz e fica aguardando, até que alguém perde a paciência e faz soar a buzina; passam dois ou três carros e os demais terão que aguardar a vez novamente. Defendo que o tempo de duração do sinal aberto deva ser maior. Outras vezes, é, obviamente, o próprio motorista; na saída da Ufersa, por exemplo, não havia placa alguma indicando a direção, então era comum ver carro saindo para a esquerda; aí botaram uma placa de sentido único (para a direita, em direção do trevo da UERN), mas alguns carros ainda saiam para a esquerda; AÍ BOTARAM UMA OUTRA PLACA INFORMANDO QUE NÃO PODE DOBRAR À ESQUERDA – OU SEJA, SÃO DUAS DIZENDO A MESMA COISA – mas mesmo assim é comum ver carro dobrando na direção proibida !!!

  2. Amigo Erasmo.
    O trânsito mossoroense é um tema que merece ser batido e rebatido toda semana por toda a imprensa. (falada, escrita, televisão e sobretudo nas redes sociais) Diariamente são dezenas de acidentes como o que você informa ter presenciado.
    Ao meu entender, não é apenas a pouca sinalização do complexo da abolição, que se encontra causando problemas, mas sobretudo a indisciplina ou até o não conhecimento da grande maioria dos motoristas que devem andar pela via da direita e que a via da esquerda deveria ser usada prioritariamente para ultrapassagem, você trafega na via tem um carro lento a sua frente procura mudar de faixa e tem um ainda mais lento naquela faixa, isso ocorre diariamente. Precisa-se de campanha para esclarecer aos motoristas como é trafegar em pistas duplicadas, isso serve também para a estrada que nos liga a Tibau.
    Aproveitando o comentário do vascaino Juarez Belém, não para comentar sobre os veículos parados na pista para fazer o retorno, tenho três situações para comentar.
    1ª. Em Mossoró, restou criado e absolvido por grande maioria dos motorista o direito de trancar a rua ou parte dela, e ativar o pisca alerta, parando por minutos ou até horas. A rua coronel Vicente Saboia, trecho entre a Casas Bahia e o Bradesco, está um absurdo, trafego nela diariamente e como os demais tem-se dificuldade de se chegar a praça Vigário Antônio Joaquim, face o enorme número de carros parados após o estacionamento com o pisca alerta ativado, situação que se repete em outras ruas do centro, como Coronel Gurgel, Santos Dumont, Idalino de Oliveira e outras tantas, infelizmente essas atitudes são aceitas pelos guardas municipais do trânsito.
    2ª. Quem tem filho que estuda na UFERSA, sabe os problemas que tem para deixá-los em seus locais de aula, além da situação descrita por Juarez, tem-se uma outra por demais preocupante, se você transita pela leste oeste, e o seu filho estuda no campus que fica do lado esquerdo, não há como você contornar normalmente para adentrar no campus, você tem que deixar a via e no sinal que é destinado “exclusivamente para os pedestres”, fazer a passagem, olhem o absurdo, você no veículo disputa com os pedestres a passagem da via, motoristas educados e cumpridores de suas obrigações, tem cuidado e o fazem, outros chegam a buzinar para que os pedestres deem passagem. Caso o motorista assim não o faça pode escolher e ir até a entrada do Supermercado Rebouças (passando pela delegacia) já na presidente Dutra e fazer o retorno. Esta situação se repete para quem vem pela Av. Presidente Dutra e na UFERSA, tem que ir para o Campus a sua esquerda. A situação que narro também acontece com a entrada da BR-101 para a rua que dá acesso ao complexo judiciário, pois para quem vem também pela leste oeste e quer entrar na rua fica obrigado a sinalizar e esperar na faixa de rolamento, uma vez que sequer há acostamento, bom que se diga que esta situação será por demais agravada com a mudança da justiça comum estadual para a área. Trafego diariamente nesta via e vejo os absurdos que ocorrem, e nunca verifiquei uma viatura da PRF no local, controlando o trafego.
    3º. Por fim, uma outra instituição mossoroense, que por mais absurda que possa ser, ocorre sem que as autoridades do trânsito se incomodem, é quando há uma privatização da área pública, por exemplo a Av. Rio Branco, começando do cruzamento com a Felipe Camarão indo em direção ao mercado do vuco-vuco, ou início da praça da convivência, por lá uma empresa construtora privatizou a calçada (onde por lei não pode estacionar) e lá pedestres não podem passar, não houve quem reclamasse e uma outra construtora já próximo a Rua Dr. João Marcelino repetiu e já em frente a praça de eventos foi a vez de um centro clínico fazer a mesma coisa. Ou seja um cadeirante, um deficiente visual, ou até um simples pedestre, não poderão trafegar nas calçadas porque o município aceitou que os empresários as privatizassem.
    Isso é Mossoró, a metrópole do futuro incerto…

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