Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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peixe

 

Está encravado na cultura do brasileiro a figura do “peixe”, que é aquele amigo ou amigo do amigo que pode facilitar sua vida numa empresa, num órgão público ou em outra situação qualquer, como numa blitz ou numa batida policial.

 

O brasileiro não mais se preocupa em estudar, se qualificar ou ser um profissional dedicado. A única preocupação é encontrar seu “peixe”. Se numa dada empresa, haverá uma seleção para escolher um novo diretor, tenha certeza que não alcançará o posto aquele que mais for preparado, mas sim o que tiver um “peixe” mais forte. E aquele empréstimo que você propôs ao banco mas não tem como comprovar a capacidade de pagamento? Fale com o “peixe” que ele resolve.

 

Foi pego numa blitz sem documento do veículo nem habilitação? Fale com o “peixe”. Seu carro imediatamente será liberado.

 

Quer transferir o curso de uma universidade privada para uma pública? O “peixe” existe para estas coisas.

 

 O sujeito que passou a vida estudando, que cumpre os horários e que se dedica mais do que a média será preterido em favor daquele funcionário relapso e preguiçoso, mas que tem a sorte de ter alguém importante que fale por ele.

 

Na seleção de emprego, não se preocupe com o currículo, pois este pouco influi na escolha, procure saber quem é o sujeito que fará a seleção e então parta para o “peixe”.

 

Infelizmente a realidade é esta e temos que a ela nos moldar. Não adianta fugir. Procure seu peixe.

 

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5 respostas

  1. É Tio, que realidade essa de se ter um peixe, sinto isso na pele.

  2. É uma triste realidade. Só há duas alternativas, tornar o currículo e competência bem superiores aos dos concorrentes, ou procurar seu peixe.

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