Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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Ontem, Mossoró amanheceu com uma cena inquietante. Uma senhora de 74 anos, morta, no chão de uma das salas do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM). No dia anterior, um amigo havia me passado uma foto (acima) mostrando um dos corredores do hospital totalmente congestionado de pacientes e acompanhantes.

Entra governo, sai governo, e a situação de caos no hospital só aumenta. Todos preferem o exercício de apontar culpados, mas tal atividade não resolve o problema, muito pelo contrário, agrava a situação. É preciso um choque, uma sacudida, uma reviravolta.

O HRTM é a salvação existente para milhares de pessoas que moram em Mossoró e região. Tem muitos profissionais competentes e um vasto maquinário. As peças existem, falta apenas que as engrenagens funcionem como deve ser.

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“O amor é quando a gente mora um no outro”. (Mário Quintana).

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Durante o período de menstruação, chamado niddah, as mulheres judias não podem dormir no mesmo quarto que seus maridos, nem ao menos podem tocá-los. Essa e outras tantas tradições judaicas, sobretudo nas relações conjugais, nos deixam espantados. A mulher é considerada quase um objeto, bem diferente do nosso Ocidente, onde elas já gozam de todos os direitos que os homens.

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Perguntei ao meu tio Colorau se ele tinha esperança de um dia ver este país sem políticos corruptos, com todos os serviços públicos funcionando a contento etc. Ele me olhou e sapecou: “Não”. E então foi me ensinar como consumir gengibre, que ele diz ser um excelente termogênico.

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Ontem, no fechamento da 17ª rodada do Campeonato Brasileiro, dois resultados inesperados. O Joinville, inquilino fiel da zona de rebaixamento e saco de pancada da competição, goleou o Cruzeiro por 3 – 0. Já em MG o Atlético perdeu para o Grêmio por 0 – 2. Esta é a graça do futebol. Por falar em graça, o Vasco é o lanterna da competição, com meros 13 pontos.

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Os eleitores brasileiros já colocaram muitos candidatos atípicos nas casas legislativas, o chamado voto de protesto. O caso mais recente é o do palhaço Tiririca, um dos deputados federais mais bem votados do país. Nunca vi, contudo, um candidato tosco chegar ao Executivo.

Podemos até dizer que a eleição de Robinson Faria (PSD) para o governo do Estado foi uma espécie de voto de protesto da população contra o outro candidato, o deputado federal Henrique Alves, no entanto, Robinson não se apresentou como uma figura atípica, não pediu votos dentro da seara do escracho e da bazófia.

A Islândia, entretanto, já passou por esta experiência. Entre 2010 e 2014 a capital do país, ReyKjavík, foi administrada por um palhaço, Jón Gnarr.

Será que nós, brasileiros, chegaremos um dia a ver um estado ou município da nação ser governado por um palhaço?

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PATRONO DE RUAS – Pedro Fernandes. Nasceu em Marcelino Vieira, no dia 30/06/1904. Foi industrial, diretor-presidente da CIA. Alfredo Fernandes Indústria e Comércio. Exerceu ainda importantes funções na cidade, como presidente do Clube Ypiranga, diretor do Banco Mossoró e presidente da rádio Difusora. Morreu em Fortaleza, no dia 07/12/1972. Seu neto e homônimo é o atual reitor da UERN.

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