Depois de negar ajuda/auxílio ao escritor Gilbamar de Oliveira, que no próximo sábado vem a Mossoró lançar um livro enaltecendo esta cidade, a prefeitura de Mossoró faz o mesmo com a atriz mossoroense Lenilda Souza, a qual é uma das delegadas da II CONAPIR, que está acontecendo em Brasília. Assim como Gilbamar, Lenilda solicitou ajuda à administração municipal e não foi atendida.

Abaixo, matéria publicada no DeFato sobre a ida da atriz Lenilda Souza para a II CONAPIR:

Atriz mossoroense vai representar o RN em conferência nacional

A atriz, pedagoga e fundadora da Companhia Escarcéu Lenilda Souza será uma das duas representantes do Estado a participar da II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (II CONAPIR), que acontecerá entre os dias 23 e 28 deste mês em Brasília (DF). Lenilda Souza será umas das delegadas que vão representar o movimento cultural afro-descendente na conferência.

De acordo com Lenilda Souza, também serão discutidas políticas para espaço dos afro-descendentes em vários segmentos, desde a criação de eventos culturais até a maior participação como na mídia nacional.

Durante a II Conapir, serão apresentadas propostas do Estatuto da Igualdade Racial que devem ser encaminhadas ao Poder Legislativo, para que sejam transformadas em lei.

A II Conapir foi lançada no dia 12 de março, em cerimônia no Palácio do Planalto. Desde então, sob coordenação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR/ PR) e do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial, teve início um grande processo de mobilização nacional envolvendo conferências municipais, estaduais e consultas às comunidades tradicionais de terreiros, quilombolas, indígenas e de etnia cigana.

Mais uma vez a prefeitura mostra que não tem compromisso com a cultura local, nem com nossos verdadeiros valores. Prefere viabilizar a vinda de humoristas (?) zombeteiros para humilhar nossa gente, a verdadeira gente.

O jornalista/blogueiro Carlos Santos, assim como os blogueiros Carlos Escóssia e Thurbay Rodrigues, têm razão quando dizem que a administração municipal está acéfala, sem norte, como um barco a deriva.

O grupo que comanda a administração municipal comete um equívoco atrás do outro, deixando muito difícil a situação dos que são pagos para lhe defender. Já passo a admirar alguns jornalistas, pois é muito difícil defender o indefensável, e eles estão se esforçando ao máximo para fazer isso, por mais que na maioria das vezes os textos se transformem em motivo de chacota entre os profissionais independentes e comprometidos com a verdade como ela é.

Diariamente recebo e-mails com denúncias em desfavor das pessoas que comandam nossa cidade. Não as publico aqui por que não quero fazer deste espaço um local exclusivo para criticar a administração municipal, no entanto, está sendo muito difícil não mencionar as atrocidades que estão fazendo com o erário municipal.

Publico também ante o apelo dos leitores, os quais sempre dizem que apenas nos blogs vêem ressoadas suas denúncias, lamentações, indignações e decepções. Nós, os blogueiros, estamos sendo a voz do cidadão, do sujeito trabalhador e das pessoas esclarecidas. Cidadão este que não encontra espaço noutras mídias convencionais, por razões que todos sabem.

Não critico a administração municipal apenas por criticar, mas sim porque esta diariamente faz por onde os mossoroenses conscientes, como eu e você, fiquem indignados.

Enquanto eu escrevia este post e antes de publicá-lo, acessei meu e-mail e lá já encontrei duas reclamações em desfavor da administração municipal. Na primeira, um servidor público diz que a prefeitura de Mossoró é uma das únicas de médio porte do Brasil a não antecipar parte do 13º dos seus servidores, o que seria até uma forma de movimentar a economia local nestes tempos de Mossoró Cidade Junina. Já outro pergunta por que a prefeita deixou de fazer inaugurações de obras e serviços públicos.

Não queria apenas criticar a administração, mas eles fazem por onde receberem críticas diariamente. Estamos vivenciando um momento único, onde o fútil é valorizado ao extremo e o essencial é relegado a um plano secundário, terciário ou mesmo inexistente.

Como diz Carlos Santos, “pobre Mossoró!”.