Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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O Brasil vive um novo momento político. Desde março de 2013 a direita, aos poucos, resolveu sair do armário. Claro que sempre existiram seus defensores, mas estes agiam de forma muito cautelosa, muitas vezes se escondendo por trás do anonimato. A razão mais plausível era a constante associação entre direita e ditadura militar, assim, ser direita significava compactuar com as atrocidades cometidas durante o regime de exceção.

Atualmente, o maior líder da ultradireita, deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), decora seu gabinete de trabalho com quadros dos presidentes militares. Até alguns anos tal gesto seria muito mal visto pela sociedade. Hoje, é aceito tranquilamente por certo nicho da população.

A ultradireita perdeu o medo de se expor. As redes sociais estão cheias de pessoas que chamam o deputado acima mencionado de Bolsomito. Além disso, o defendem de forma canina. Bem semelhante aos petistas dos anos 80/90 em relação a Lula. É a roda gigante da política.

O deputado fluminense já se apresenta como candidato à presidência em 2018, com aval do presidente do PSC, pastor Everaldo. Apesar da euforia, Bolsonaro ainda não tem apoio do grosso da população. Seus admiradores estão concentrados entre os que ganham mais de 10 salários mínimos por mês, jovens idealistas e integrantes das Forças Armadas e polícias.

 Quanto aos jovens idealistas, a idade se caracteriza pela necessidade de sempre contestar o sistema, e atualmente quem mais faz isso é o deputado Jair Bolsonaro. Nos anos 80/90 era Lula e o PT.

As ideias de Bolsonaro atraem os nichos acima, mas a população em geral não aceita o fim das cotas raciais em universidades, a diminuição drástica dos beneficiários do Bolsa-Família, a liberdade para qualquer um andar armado, entre outras medidas que o deputado defende.

Assim como Lula, o mito dos anos 80/90, Bolsonaro vai ter que diminuir o radicalismo caso queira assumir a cadeira presidencial, e se isso vir a acontecer, espero que não decepcione, como ocorreu com Luís Inácio.

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