Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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No último sábado, o ex-ministro da Cultura, Marcelo Carelo, revelou que pediu demissão pois não estava mais suportando as pressões exercidas pelo Secretário de Governo, ministro Geddel Vieira Lima, que queria a liberação, por parte do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), de uma construção em Salvador.

Geddel comprou um apartamento de luxo num imóvel a ser construído em área de grande valor cultural na capital baiana. A construção foi liberada pelo município, pelo Iphan estadual, mas foi embargada pelo Iphan nacional. Atuando com cristalino interesse próprio, o ministro vinha pressionando seu colega a desembargar a obra. Ao invés de ceder, Carelo decidiu pedir demissão.

Sabem o que o presidente Michel Temer fez? Passou a mão na cabeça do ministro Geddel, e ainda forçou os líderes dos partidos aliados a assinarem uma ridícula nota de apoio ao ministro. No caso relatado pelo ex-ministro, fica nítido o cometimento de dois crimes: concussão e advocacia administrativa.

O deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), até dia desses um intransigente defensor da moral e dos bons costumes na política, disse que Carelo, provavelmente, não entendeu o jeito de Geddel. Que jeito, cara pálida? Não entendi o que quis dizer o arauto defensor da política honesta.

Com este episódio, percebemos que o presidente Michel Temer é conivente com a política suja, desde que seja na sua cozinha. Eita Florão da América sem jeito.

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