Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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Flávio Capitulino nasceu em Sousa (PB), mas foi criado em Campina Grande (PB), seu xodó. Nos anos 80 ele intermediou a adoção de uma criança por um casal de franceses. A convite do casal, foi para a França, a fim de continuar ajudando na comunicação entre os franceses e a criança.

Chagando lá, não foi bem o que esperava. O casal o fez de babá, faxineiro, jardineiro etc. Certa vez, ao visitar a casa de uma senhora da vizinhança, viu e então pediu para restaurar o pé de uma mesa de laca chinesa. A senhora deixou. O trabalho ficou perfeito. Começava assim o sucesso do paraibano na Europa.

De móveis de luxo, Capitulino passou a restaurar obras de arte, o que fez dele um homem milionário. Seu trabalho, contudo, é bastante questionado. Ele não tem formação técnica e nem trabalha em instituições formais. Capitulino presta seus serviços para colecionadores particulares, os quais nem sempre podem comprovar a origem da obra, se lícita ou não.

Capitulino ainda é criticado por fazer restaurações que descaracterizam as obras, inobstante deixa-las mais bonitas, algo que um restaurador com formação jamais faria. Errado ou não, o fato é que o paraibano se tornou milionário restaurando obras de arte na Europa, onde vive boa parte do tempo.

Noutra parte do tempo ele não vai para os EUA, nem para a Ásia etc. Ele gosta mesmo é de Campina Grande, onde desfila com uma BMW, que comprou a vista por R$ 280 mil, e mora numa mansão de 05 mil m², onde gastou, apenas no quarto, R$ 600 mil.

Na cidade, vai para todo canto, mas não dispensa um segurança. Capitulino tem 51 anos e é casado com o conterrâneo Clodomiro Jr, com quem tem dois filhos adotivos.

Mais uma interessante história de quem sai do sertão nordestino para fazer sucesso no exterior.

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