Diariamente os programas de rádios noticiam furtos de motos, DVDs Players, televisores, bicicletas, entre outros bens. Muitas vezes os programas mesclam notícias de novos furtos e roubos com notícias de prisões dos acusados de crimes outrora noticiados.

Nota-se que os crimes continuam ocorrendo, apesar das prisões, ou seja, as pessoas cometem delitos mesmo sabendo que podem ser presas. Imaginem se elas tivessem certeza que poderiam furtar e roubar à vontade, sem correrem o mínimo risco de ir para as cadeias e penitenciárias? É justamente isso que ocorre com nossos representantes no executivo e legislativo.

Diariamente os jornais noticiam crimes cometidos por políticos contra a administração pública, crimes que desviam do erário milhões de reais. São crimes de peculato, sonegação, emprego irregular de verbas públicas, concussão, corrupção, prevaricação, condescendência criminosa, tráfico de influência, fraude em concorrência, formação de quadrilha, entre outros.

Eles cometem costumeiramente estes crimes porque sabem que jamais pagarão por eles, diferentemente da mãe que furta uma lata de leite para alimentar seu filho faminto. Nossa legislação, com seus recursos infindáveis, só alcança os que não possuem dinheiro para pagar advogados para recorrer, recorrer, recorrer. O ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, é um excelente exemplo. Ele responde a quase cinqüenta processos, mas não houve decisão definitiva em nenhum deles, tudo porque ele paga bons advogados para esgotar todos os recursos cabíveis em nossa legislação, coisa que o ladrão de galinha não tem condições de fazer.

Sabe quando isso vai terminar? Nunca, pois são os nossos deputados e senadores que fazem as leis.