Esta semana fui informado de uns acordos curiosos entre cabeleireiros e algumas colunistas sociais. Pela avença, os hair stylists (como elas gostam de chamar) assumem os cuidados com a cabeleira estilosa de alguma colunista em troca, claro, de algumas notinhas. Até ai tudo bem, o toma-lá-dá-cá é uma prática comum no meio. O curioso é que os cabeleireiros solicitam que os cortes/produções sejam feitos apenas quando algum cliente “comum” desmarca seu horário, tudo para não atrapalhar a agenda. Por causa desta prática curiosa, as colunistas têm que correr quando são avisadas de alguma desistência. É comum alguém estar conversando com uma colunista social e esta, após atender ao celular (que ganhou de presente do paquera), pedir desculpas e dizer que terá que sair naquele instante. Começa então o pega-não-pega para chegar ao salão de beleza. Há até as que dão plantão esperando desistências. Quem nunca chegou num salão de beleza e flagrou uma colunista social esquecida num canto lendo uma revista velha? Algumas chegam a pedir a colocação de uma touca para fingir que estão esperando a ação milagrosa de algum produto cosmético. Os cabeleireiros justificam a conduta porque tem colunista social que vai ao salão quase diariamente, seja para fazer uns retoques, um alisamento, aplicar mechas etc. Como as lindas colunistas não pagam em espécie, mas com notinhas em seus espaços, ficaria inviável economicamente dar preferência a elas em detrimento dos clientes comuns. A saída encontrada foi a realização do serviço apenas quando há desistência. Ninguém sai perdendo. O único problema é a correria a qual as colunistas são submetidas, mas elas já estão acostumadas. É bom frisar que nem todas as dezenas de colunistas sociais de Mossoró agem assim.