O senador José Agripino (DEM) e a governadora Wilma de Faria (PSB) devem começar a pensar em reprogramar suas vidas sem o PMDB, PR e PMN. Restou claro, nas entrelinhas, que o grupo dos novos marchará com pernas próprias, sendo a terceira via nas eleições do próximo ano. O grupo terá a candidatura de Garibaldi Filho (PMDB) ao senado, a de Henrique Alves a deputado federal e, por fim, João Maia e Robinson Faria decidirão, no “ímpar ou par” ou na “porrinha”, quem será o vice de quem.

Tratou-se de uma jogada de mestre do deputado federal Henrique Alves (PMDB), que trouxe para seu lado dois partidos (PMN e PR) que se caracterizam mais pelo poder econômico-financeiro do que pela tradição. Desta forma, não será difícil a arrumação nas bases, até porque não há rivalidade tradicional do PMN e do PR com ninguém, como há entre DEM e PMDB, entre PSB e PMDB etc.

Também favorece o PMDB o fato de a maioria das coligações atípicas feitas nas cidades de pequeno porte terem o partido como o principal e os outros como agregados, o que torna mais fácil para o PMDB justificar-se perante os leitores.

Trago o caso de Governador Dix-sept Rosado como exemplo. Seria muito difícil para a prefeita Lanice Ferreira (PMDB) apoiar Iberê Ferreira (PSB), que é do partido do seu rival político, o ex-prefeito Adail Vale, mas ela não terá dificuldade alguma em apoiar Robinson Faria (PMN) ou João Maia (PR).

Depois da formação da terceira via, o partido da hora passa a ser o PSDB. Onde será que o tucano irá pousar? Isso ai é assunto para outro post.