Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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01 – Saiu a relação atualizada das grandes cidades mais caras do mundo, considerando os preços nominais dos bens e serviços e a taxa de conversão da moeda local para o dólar. Como é de se esperar, Tókio, no Japão, lidera a lista, seguida de outra cidade japonesa, Osaka Kobe. Depois temos Paris, Copenhague, Oslo, Zurique, Frankfurt, Helsinque, Genebra e Cingapura. As brasileiras mais caras são Rio de Janeiro e São Paulo, que ocupam a 83ª posição. O advento do euro encareceu em muito a vida na Europa, inclusive em países tradicionalmente mais baratos como Portugal e Espanha.

Mossoró, claro, é uma cidade com custo de vida baixo. No entanto, já se percebe há mais de dois anos um aumento significativo nos preços dos imóveis bem localizados, especialmente comerciais. Os aluguéis de imóveis residenciais também vêm subindo, já chegando a R$ 2 mil/mês, conforme recente matéria no Jornal da TCM.

 

02 – NET VIA ENERGIA – Vem sendo protelado há meses o lançamento do novo serviço de internet de banda larga via rede elétrica, apesar de já estar sendo testada em diversas regiões de algumas grandes cidades. Como praticamente todos têm energia elétrica em casa, esta tecnologia vai abrir novos e amplos horizontes para a conexão à rede mundial.

 

03 – MAIS TRIBUTOS – Na reforma tributária, prometida ainda para março, mas que certamente ficará para o fim do ano, o Governo pretende incluir no texto da lei que “são considerados serviços toda e qualquer operação que não constitua venda ou transmissão de bens”. Com este conceito, aluguéis passam a ser tributados pelo imposto sobre serviços, aumentando a carga tributária ainda mais.

 

04 – SURPREENDENDO – Logo em seu primeiro treinamento coletivo, na sexta-feira pela manhã, o carro da Brawn GP foi o mais rápido entre as 10 equipes que disputarão o Campeonato Mundial de Fórmula 1. A performance inesperada de Jenson Button na última segunda-feira foi repetida ontem, quando o inglês pela primeira vez garantiu à equipe o melhor tempo do dia – na segunda acabou em quarto e na terça, com Rubens Barrichello, a Brawn ficou em terceiro na soma dos tempos.

O desempenho apresentado pela Brawn nos testes coletivos vem surpreendendo jornalistas especializados que trabalham nos treinos.

 

05 – MINORIAS – As minorias foram respeitadas nessas centenas de nomeações de cargos em comissão feitas pelo prefeito Gustavo Rosado? Quantos negros e portadores de necessidades especiais foram nomeados para diretor, chefe ou assessor? Alguém sabe?

 

06 – UMA FALSA EVOLUÇÃO – Nunca houve, e penso não haver, educação política decente nas escolas – o que por si perpetua há décadas o estado das coisas na prática política brasileira. Na minha geração, crias de uma ditadura cuja linha pedagógica era “Brasil, ame ou deixe-o”, a sensibilidade para a importância das escolhas foi, por décadas, castrada. Passamos por momentos ímpares: O movimento “Diretas já”, que possuía como elemento motivador e primordial o fato de podermos sair às ruas em manifesto sem temer os cacetetes – as famosas “borrachas de apagar ideologias”. A eleição de Collor, uma disputa acirrada entre o Lula barbudo e o caçador de marajás. Nas ruas, pessoas fazendo um “L” com os dedos (simbolizando o Lula lá) sendo interpeladas por outras que defendiam a jovialidade, esportividade e capacidade intelectual do candidato adversário. O Lula perdeu para o Fernandinho, dizem que por a Globo haver editado o debate para favorecer o alagoano. Sinceramente, nem precisava, pois o candidato petista não tinha condições intelectuais para combater seu concorrente.

Sobreveio o impeachment e a sensação de que, brasileiros, não soubemos escolher: infantes em eleições, havíamos nos “deixado” impressionar pela mídia em torno de Fernando Collor. Espertos e usando os mesmos artifícios, os perdedores iniciaram um movimento que pregava a bandeira vermelha e a estrela como sinônimo de honestidade. Nunca foi e nunca será, pois não tem ideologia política e nem ícone partidário que modifique a natureza humana, facilmente corrompível. Todos os partidos abrigam bons e maus cidadãos. O tempo nos provou isso.

Um longo período de decepções políticas. Início do século XXI, surgiu a turma do Psol, capitaneado pela Heloísa “babados“ Helena, pregando o velho e carcomido discurso recheado de indignação com as desigualdades sociais, como se somente isso resolvesse algo. Tem que haver planejamento, formação em políticas públicas, cultura, capacidade de gerir, transparência na administração, ética e clara separação entre o público e o privado.

Será que aprendemos algo? Será que as falcatruas, a falta de vergonha na cara, o descaso social dos políticos em relação aos seus eleitores promoveu consciência política em quem os elege? Duvido! Se assim fosse, penso que não precisaríamos, por exemplo, ficar expondo e discutindo diárias de viagem quando possuímos tantas mazelas que exigem nosso tempo e recursos. Precisamos, urgentemente, de educação política. (Por Marcelo Drescher, médico e polêmico articulista).

 

Ouvindo METAMORFOSE, com OS NONATOS, encerro esse post.

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