Sempre que surge algum escândalo político, a população diz logo que precisamos mudar nossos representantes. Há, inclusive, a campanha “Não reeleja”. O discurso padrão é que nas eleições devemos esquecer os atuais representantes e apostar em nomes novos. Este argumento é equivocado e inócuo.
Em Mossoró, por exemplo, a população mudou nove dos treze vereadores da Câmara Municipal. Os eleitores pensaram, inocentemente, que tudo seria diferente e que os nomes novos dignificariam nosso legislativo. Enganaram-se redondamente.
Mudar simplesmente por mudar não adianta, até porque os novos representantes saem da mesma sociedade culturalmente corrompida de onda saíram os anteriores. Eles não vêm de Plutão, Na’vi, Eternia ou Kripton. São brasileiros loucos por um ganho fácil, mesmo que desonesto.
O que o Brasil precisa é de órgãos sérios de fiscalização e punição, mas, infelizmente, nossos tribunais de contas são inofensivos e o Judiciário é escravo de uma legislação feita sob medida para os corruptos.
Nesse Florão da América, o ocupante de cargo público sabe que nenhum desvio será castigado. Se alguma falcatrua for descoberta, a pena só virá depois de 20, 25 anos.
Deveria ser aplicado no poder público os mesmos meios de fiscalização adotados no sistema privado, mas é claro que nossos representantes não querem que isso ocorra.
Uma resposta
É verdade, a corrupção na Politica brasileira é repudiável, amoral e doentia e o nosso arcaico arcabouço Jurídico corrobora com tal. Em tempo: Eternia é onde mora He-Man, “o cara”?