Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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 Desde 2003 o Campeonato Brasileiro adota o esquema “pontos corridos”, onde leva a taça o clube que fizer o maior número de pontos nas 38 rodadas.

Os defensores deste esquema dizem que ele é mais justo e mais racional. Pode até ser, mas por outro lado, o campeonato perde a emoção dos jogos eliminatórios.

Quem não gosta de ver seu time na FINAL?

Os campeonatos mais emocionantes do mundo seguem o esquema mata-mata: Libertadores da América, Liga dos Campeões da Europa e, claro, a Copa do Mundo.

Até em outros esportes o mata-mata é a regra, como no basquete (NBA) e no futebol americano (Super Bowl).

No Brasil, desde que foi implantado, o esquema “pontos corridos” só favoreceu os clubes do eixo Rio – São Paulo (curioso, não?). Santos (2004); Corinthians (2005), São Paulo (2006, 2007 e 2008), e Flamengo (2009).

Não sou profundo conhecedor do futebol, mas como torcedor sinto que o atual esquema adotado pela CBF nos priva das maiores emoções do futebol, sobretudo as reviravoltas e a possibilidade de ocorrer zebras.

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9 respostas

  1. Já temos tantos campeonatos com esquema de mata-mata, Copa do Brasil, Campeonato Estaduais, Libertadores… Acho interessante o brasileirão ser por pontos corridos.
    O que acontece com os pontos corridos é que é ganha quem se prepara melhor, neste caso os times do eixo sul-suldeste do pais.
    Com relação as emoções, quem lembra das ultimas rodada do brasileirão do ano passado onde São Paulo, Palmeiras, Flamengo e Inter tinhan chances de ser campeões?
    Pontos corridos, que chatice…

  2. O fato é que no Brasil os dois torneios mais importantes já obedecem os dois sistemas. A copa co Brasil como mata-mata, e o Campeonato Brasileiro como pontos corridos.

    Se não me falha a memória, um dos motivos para a mudança do sistema é justamente o fato da Copa do Brasil já ser em mata-mata.

    Portanto, eu acho bastante justo os moldes dos dois maiores torneios do Brasil atualmente. O único problema é o calendário…aí dá pra discutir…

  3. CRUZEIRO, 2003 – Na primeira edição do campeonato disputado sob o formato de pontos corridos quem venceu foi o Cruzeiro, que não é do Rio nem de São Paulo; o Internacional esteve a um passo do título em 2005, mas graças a uma megalambança da arbitragem, o Corínthians (de Tevez) ficou com o título. Vai ver que o árbitro queria comemorar os 10 (dez) anos da lambança da FINAL Botafogo e Santos (1995). Na minha opinião, não muda. Pontos corridos é o mais justo e o que apresenta – teoricamente – o verdadeiro campeão, com exceção do ano passado (2009). O título de 2007, do São Paulo, também está envolto em mistério, mas ainda assim acho mais difícil de manipular o certame que se disputa nesse modo. O que se pode fazer de incremento já foi lançado: clássicos regionais nas rodadas finais, para evitar que um time perca de propósito para evitar que o rival no mesmo Estado fique com o certame, como se viu no ano passado, a segunda vez em que o Internacional foi prejudicado. Um mata-mata eficiente parece ser o implementado em 1997: após a primeira fase, dois grupos de quatro e os campeões se enfrentam. O melhor time sempre vai ficar com sua vantagem; se tiver que ser campeão, sê-lo-á.

  4. Na minha modesta opinião o campeonato Brasileiro deveria ter 24 clubes (temos 12 times grandes, nenhum país tem esse volume). Na primeira fase todos contra todos com ida e volta classificando-se oito equipes para o “mata-mata”.

  5. Favorecem os mais preparados. Eles estão no eixo Rio-São Paulo? sim. E ai? A solução é fazer um regulamento que favoreca a sorte? A eventualidade? Vamos fazer um programa de cotas para os times menos competitivos? É uma solução, quem sabe. Quem acompanhou o campeonato de 2009 não pode se queixar de falta de emoção.

  6. Concordo em gênero, número e grau com as colocações do tio Colorau.
    Apenas no tocante especificamente ao campeões terem saído do eixo Rio-São Paulo, acredito que não passou tal fato de mera coincidência.
    Quanto à perda de emoção, não há como negar.
    É como se tivessem tirado da gente o direito de acompanhar e testemunhar aquelas grandes partidas.
    Fico até com pena dos meus futuros filhos e dessa nova geração, que não terá o direito de assistir a partidas que nós, privilegiados, vivenciamos, como Flamengo x Atlético Mineiro, em 1987; Flamengo x Internacional, em 1987; Flamengo x Botafogo, em 1992; Palmeiras x Vitória, em 1993; Santos x Botafogo, em 1995; Vasco x Palmeiras, em 1997; Cruzeiro x Corinthians, em 1998, dentre tantos outros.
    É de se lamentar que, até no futebol, precisemos imitar os modelos de campeonatos nacionais europeus, onde “nasceram” os tais pontos corridos e de onde foi a cbf diretamente influenciada.
    Quem inventou tal sistema, esqueceu que futebel sobrevive e depende, essencialmente, da emoção, como sempre defendeu João Havelange, uma lenda do futebol mundial, ao referir-se aos erros dos árbitros nas partidas.
    Este argumento de que teria havido muita emoção no último campeonato, de 2009, não me convence. A atenção, na última rodada, estava diluída: vários jogos acontecendo ao mesmo tempo, e cada qual assistia ao jogo do seu time, espalhando e dividindo a emoção.
    Quem vivenciou as partidas do sistema mata-mata, sabe que, na final, toda a atenção estava concentrada em único jogo, o jogo final, até porque não havia outro jogo no domingo em que ela se disputava. Todos os caminhos e canais de televisão levavam à partida.
    Os jogos, então, tornarvam-se históricos, inesquecíveis. Quem não se lembra de qualquer das partidas que mencionei acima?
    Desafio qualquer defensor dos pontos corridos a relatar, com detalhes, algum jogo do campeonato brasileiro de 2003 pra cá.
    É fato incontestável: os jogos, há sete anos, perderam em historicidade. Desde então, não há o que gravar; não há o que contar; não há o que buscar no youtube pra relembrar; No máximo, grava-se o nome do campeão, sem se recordar sequer de uma única partida que tenha feito jus ao título. Alude-se, no máximo, a uma boa campanha. Lamentável.
    Tenho saudades da final.

  7. UJm campeonato com 20 clubes!
    quem fizesse mais pontos no primeiro turno ja estaria na final!
    começaria o returno do zero,se o mesmo time fizesse mais pontos seria campeão direto!
    sendo outro time teriamos uma final! os quatro time sque fizessem menos pontos no turno e returno seriam rebaixados!!
    que acham??

  8. SE UM TIME QUER SER CONSIDERADO O MELHOR DO PAÍS, TEM DE GANHAR O TORNEIO NACIONAL FAZENDO A MELHOR CAMPANHA ASSIM GANHANDO MAIS PONTOS, CASO CONTRARIO SE FOR NO MATA MATA O CLUBE CAMPEÃO GANHARIA O TORNEIO POR SORTE E NÃO POR SER O MELHOR DO PAÍS!

  9. Acredito que o atual sistema de pontos corridos favorece às marmeladas no final.

    Foi assim ano passado (2009), quando o Grêmio entregou para o Flamengo só para não ver o Inter campeão. O Corinthians também entregou para não ver São Paulo ou Palmeiras com o Caneco.

    Esse ano a estória se repete, com São Paulo e Palmeiras entregando para o Fluminense, visando o prejuízo do Corinthians.

    É claro que isso sempre vai acontecer na reta final do campeonato, o que leva a crer que o time favorecido tem “sorte” ao cruzar no final com times desinteressados. Pensem, se fosse no começo do campeonato, seria uma surpressa o Flu ganhar fora de casa de Palmeiras e São Paulo, um grande feito. Como os jogos foram entregados, perde-se a graça e o mérito.

    Se é assim, sorte por sorte, prefiro o sistema mata-mata, que é muito mais emocionante e justo, pois não haverão marmeladas e entrega de jogos, pelo menos não nas finais ( o que é mais importante ).

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