Quatro dias após completar 81 anos de idade, faleceu no último sábado o baiano (isso mesmo, baiano) Itamar Franco, que governou o país entre 02 de outubro de 1992 a 31 de dezembro de 1994, e atualmente exercia o cargo de Senador da República.
Uma das mágoas do ex-presidente era não ser reconhecido como o Pai do Real*, título atribuído a Fernando Henrique Cardoso.
Ele tinha razão.
Todos atribuem ao ex-presidente Getúlio Vargas a ampliação dos direitos trabalhistas, bem como atribuem ao ex-presidente Juscelino Kubistchek o boom desenvolvimentista da década de 50. Nestes casos, e em muitos outros, ninguém menciona os ministros das respectivas áreas, mas sim o presidente. Então, por que vinculam o Plano Real a FHC (na época, ministro), e não a Itamar Franco?
Para este blog, o verdadeiro Pai do Real é Itamar Franco, por questão de analogia e coerência.
No Senado Federal, a vaga deixada por Itamar Franco deverá ser ocupada pelo seu primeiro suplente, Zezé Perrella (PDT), que é o presidente do Cruzeiro Esporte Clube. Perrella é investigado pela Polícia Federal em crimes de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.
*Exitoso plano econômico que controlou a inflação, estabilizando assim a economia brasileira.
11 respostas
O Plano real, cuja idéia foi de Fernando Henrique, surgiu após várias reuniões entre economistas dentre os quais o próprio ministro FHC. Itamar Franco na época só se preocupava com o seu topete.
Desculpe o blogueiro mas se o plano dependesse de Itamar Franco, a inflação hoje estaria na estratosfera e para desespero do governo do PT, a economia estava literalmente fudida. Lula sabe disso mas nunca foi homem para falar abertamente que os frutos do Plano Real começaram a ser colhidos exatamente no governo dele. Dai, o sucesso do governo do PT.
Em tempo: Não sou eleitor de FHC nem tão pouco do PT. Sou apenas um cidadão que estudou um pouco e é bastante consciente.
Para maiores informações, consultem o Wikipédia.
O Grande Sérgio Mendes, com esse “abalizado, profundo e insuperável” comentário originário da wikipédia, deve urgentemente candidatar-se a comentário político e econômico da REDE BOBO DE TELEVISÃO, ele juntamente com a urubóloga Miriam com certeza farão uma dupla perfeita.
Em tempo: se o distinto Sergio Mendes se diz não eleitor do PT e do PSDB, seria do PSOL da crespuscular Heloiza Helena…Ôooo quem sabe…Dada a sua “consciência” seria eleitor dele mesmo…!!!???
Sabedor desse comentário…Imsuperável.
Santayana deve estar em apuros como comentarista político.
Um abraço senhores Web-leitores.
FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
OAB/RN. 7318.
Não reconhecer o verdadeiro valor do Plano Real para o Brasil de hoje é querer enganar a si mesmo. Lula continuou com a política econômica de Fernando Henrique. Só que de uma maneira mais rigorosa. Deu certo, graças a Deus. Vamos torcer que a presidente Dilma siga em frente com os acertos. Para o nosso próprio bem e para os que estão abaixo da linha da pobreza.
Uma das coisas ridículas que agente lê nesse blog são os comentários bestiais desse advogado.
Não tem quem suporte ler tanta bestialidade. Teima em escrever palavras dificeis imaginando ser um intelectual quando na verdade não passa de uma escrita ridícula para os dias de hoje. Parabéns ao Sr. Sergio Mendes o Sr. está corretíssimo quanto ao assunto comentado. Itamar Franco apenas assinou o que FHC projetou.
O Sérgio Mendes tem razão. Além de patrocinar o plano dentro do governo, foi FHC, acadêmico de pompa, quem levou para o alto escalão os estudiosos que desenvolveram e implementaram os pilares do Real. Itamar teve papel importante ao dar carta branca ao então ministro. Mas seu crédito para por aí.
A analogia é imprecisa, tio colorau, uma vez que os outros presidentes mencionados, JK, Getúlio, e podemos incluir os próprios Lula e FHC nesse grupo, chegaram ao poder com enorme apoio popular (e antes que o Dr. OAB refute a popularidade de FHC, lembro que este venceu ao Lula duas vezes, no primeiro turno, o que seria impossível apenas com os votos da elite). Os governos desses foram centralizados na figura do líder, eleito pelo povo. Itamar chegou lá como vice, e não conseguiu ocupar a posição de estadista que lhe teria rendido a paternidade do plano Real. A única coisa que ele realmente conseguiu trazer para a sua linhagem foi a volta do Fusca, uma das idéias mais estapafúrdias que um presidente do Brasil já teve nas últimas décadas.
Devemos lamentar a morte do Itamar, como cristãos e humanistas, mas dizer agora que ele foi um grande político, que fez isso e aquilo, é negar os fatos. Ele foi um político instável, impulsivo, com idéias atrasadas e comportamento, muitas vezes, de maluco, incompatíveis completamente com os cargos que ocupou.
Parabéns Mario. Escrita inteligente e digna de ser apreciada por pessoas também inteligentes que comentam neste blog. A verdade tem que ser admitida e dita quando oportuna.
Respondendo ao advogado:
1) Não sou comentarista nem pretendo ocupar o lugar de nenhum deles. Repito: Sou apenas um cidadão civilizado o suficiente para valorizar e defender quando necessário a imagem do político que mudou o rumo e a vida de todos os brasileiros. Leia-se Fernando Henrique Cardoso. O mundo todo sabe disso, exceto os xiitas do PT e grande chefe de todos eles. Leia-se Lula da Silva.
2) Não votei em Marina Silva
3) Se os Senhores leram os noticiários de hoje, viram que de cada DEZ concluintes do curso de direito, apenas UM é aprovado no exame da OAB. E aquele “unzinho” que é aprovado, sai correndo para estampar na frente do seu local de trabalho a placa: – “DOUTOR”, e já começa a falar e a escrever em Latim (risos, muitos risos).
4) Diante do escrito nos itens 1 e 3, podemos dizer que advogado que escreveu o comentário acima está perdoado. Concorda Mario?
Sergio Mendes Maia
– Graças a Deus não possuo registro na OAB. Católica, minha mãe me ensinou a nunca mentir e nem a enganar a ninguém. E tenho passado esses ensinamentos aos meus filhos e netos.
Mario, abraços.
Realmente Itamar, é o pai do plano real, e FHC, concerteza é mãe do plano.
Eita que esse José Claudio não nega que é Ptralha até a medula. Diga ai rapaz, como vai seu amigo Ze Dirceu? Tem roubado muito? E Jesoino? ainda carregando dolares na cueca? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK Eita quadrilha porreta essa do PT.
Caro Erasmo, de forma nenhuma quiz ou quero polemizar – mesmo porque não há o que polemizar com figuras tão alienadas e tão despolitizadas – compreendo perfeitamnete o descontrole, os xingamentos e as as insinuações vinculações de ordem pessoal e profissional sem ao menos me conhecer.
A propósito, caro colega e amigo, quero apenas se possível que vossa senhoria disponibilize aos seus web- leitores este magistral texto escritos por Josias de Souza, jornalista que além de talentoso e sério é absolutamente insuspeito pois trabalha exatamenrte num dos jornais mais vinculados ao atraso e ao obscurantismo politico em nosso pais: a Folha de São Paulo.
Quem sabe, não servirá de subsídios prá que os analfabetos políticos reflitam sobre a nossa história política recente, seus manifestos, contraditórios e alienados posicionamentos políticos. Que infelizmente, refletem grande parte da sociedade brasileira, sociedade essa, escrava/escravocrata dos seus próprios vícios e pecados sociais que ao longo da história foram substantivamente alimentados pela não oportunização de educação e informação de qualidade.
Um abraço caro amigo e vamos à leitura.
ITAMAR FRANCO É ISSO AÍ – DO BLOG DO AILTON MEDEIROS.
Quem lê este blog sabe do respeito que sempre devotei ao ex-presidente Itamar Franco. Portanto, é com grande satisfação que reproduzo abaixo a coluna de Janio de Freitas na “Folha” desta quarta-feira.
O que diz Janio? Que Itamar foi “um dos homens públicos mais injustiçados, senão o mais, pelos meios de comunicação em nosso tempo pós-regime militar”. E imaginar que Itamar foi tratado como um idiota pela própria “Folha”, hein?
Janio diz que Itamar Franco cometeu um pecado sem perdão: jamais vestiu a personagem de presidente da República. E arremata:
“Respeitou todo o protocolo e a etiqueta do cargo, não faltou jamais com a hombridade e a dedicação ao dever presidencial, mas sempre com a naturalidade de uma pessoa e não com a artificialidade do adendo a um hipotético pedestal. Um tipo impróprio para os palácios de Brasília, portanto. E irreconhecível pelas fontes de reverência à riqueza e ao poder” .
Antes, porém, gostaria de refrescar a memória de meus leitores com uma pérola. Tenho aqui na minha mesa a edição de 16 de novembro de 1994 de “Veja” que naquela ocasião reconhecia o legado de Itamar Franco (posteriormente a revista tentou desqualificar o ex-presidente).
Com chamada na capa – “Os anos Itamar – o balanço de um presidente que deixou o Brasil melhor” – o texto de Roberto Pompeu de Toledo cujo título é “Enfim, um presidente que deu certo”, começa assim:
“Houve uma vez um presidente que, de início desacreditado, considerado provinciano e despreparado para o cargo, surpreendeu com uma administração honesta e competente e marcou o início da recuperação de um país castigado por uma série de administrações ineptas e corruptas. Sua realização máxima foi dar início à establização da economia”.
“Houve uma vez um presidente que, de início desacreditado, considerado provinciano e despreparado para o cargo, surpreendeu com uma administração honesta e competente e marcou o início da recuperação de um país castigado por uma série de administrações ineptas e corruptas. Sua realização máxima foi dar início à establização da economia”.
Segue agora, na íntegra, o texto de Janio de Freitas:
Por Janio de Freitas
O TEOR DO TRATAMENTO dado a Itamar Franco em sua morte pelos meios de comunicação contrastou com o dado ao presidente, ao homem público e à pessoa Itamar Franco. Não, porém, por força da usual benevolência, especialmente pedida pelos costumes brasileiros, para com as características e a biografia dos recém-mortos. Mas por Itamar Franco ter sido um dos homens públicos mais injustiçados, senão o mais, pelos meios de comunicação em nosso tempo pós-regime militar. Com tardia e parcial reparação.
Itamar Franco foi tão nítido, desde sua emergência nacional ao assumir a Presidência, que é impossível atribuir à falta de informação, ou percepção insuficiente, o tratamento sempre pejorativo que lhe foi dado, com frequente recurso a distorções sem limites. Neste último caso, é suficiente lembrar o achincalhe de que foi vítima por motivo de uma cena da qual não teve nem sequer conhecimento, na ocasião, impossibilitado de ver que a moça chegada a seu lado, no alto do palanque, se oferecia sem calcinha aos fotógrafos.
O rigor ético cobrado aos presidentes, com tantas frustrações, foi praticado por Itamar Franco sem necessidade de cobrança e sem reconhecimento maior, quando houve algum, do que o dado às atitudes comuns. Seu sentido de serviço público do poder não cedeu, em nenhum momento, a um desejo pessoal. Pouco é sabido que Itamar não deixou suas filhas aceitarem as oportunidades salariais e profissionais ofertadas, não em pequeno número. Se feita, a propósito, uma comparação com quem é incensado, seria farta a matéria-prima para escândalo.
Itamar Franco cometeu, de fato, um pecado sem perdão entre nós: jamais vestiu a personagem de presidente da República. Respeitou todo o protocolo e a etiqueta do cargo, não faltou jamais com a hombridade e a dedicação ao dever presidencial, mas sempre com a naturalidade de uma pessoa e não com a artificialidade do adendo a um hipotético pedestal. Um tipo impróprio para os palácios de Brasília, portanto. E irreconhecível pelas fontes de reverência à riqueza e ao poder.
Foi tratado como piada, como idiota -assim chamado, mesmo quando presidente, em uma (ex-)coluna da Folha. E como pouco ilustrado, que estava longe de ser, e como incapaz, o que suas administrações e a atividade de engenheiro deixaram desmentido. Não bastou, porém, serem desprezadas as qualidades da pessoa e do homem público. Os fatos sofreram a mesma ação.
O cruzado não foi feito por seus autores André Lara e Pérsio Arida nem pelo ministro Dilson Funaro: “o cruzado do Sarney” segue a lógica das presidências e dos anais. O real também não foi feito por seu criador André Lara, com contribuições de Pérsio Arida. E, acima de tudo, nunca foi “o real do Itamar”, ao menos “o real do governo Itamar”.
O combate demolidor à inflação foi ideia fixa de Itamar Franco desde assumir a Presidência. Sofreu com a dispensa de seu competente amigo Paulo Haddad por querer um ministro da Fazenda mais impetuoso na pressa e nas medidas. Gustavo Krause não aguentou sua pressão por um plano anti-inflacionário. Elizeu Rezende, experiente de governos e outro amigo, foi afastado com duas semanas por ter contestada a capacidade para a reviravolta. Mas nem a determinação decisiva foi atribuída a Itamar, até o dia da morte.
Itamar resistiu, Itamar cedeu, Itamar foi convencido -é o que está em quase 20 anos de afirmações ao público. O que não quer dizer que os meios de comunicação fossem, necessariamente, os inventores, e não só propagadores, dessas e de todas as outras impropriedades. Nem das inúmeras maldades disfarçadas de piadas. Vaidade e ambições deram contribuição determinante para induções deformadoras e injustas nos meios de comunicação.
Será bom se as pequenas e pontuais reparações de justiça, na hora final de Itamar Franco, servirem para alguma coisa no futuro.
SOBRE OS DOIS HOMENS PÚBLICOS ALUDIDOS NOS COMENTÁRIOS. ABAIXO, BREVE, CLARA E CONCISA DEMONSTRAÇÃO DA NOSSA HIPÓCRITA, DESINFORMANTE E VENAL IMPRENSA.
ELIANE CANTANHÊDE
QUAL DAS DUAS É VERDADEIRA
Enviado em 6/07/11 às 15h56min por Ailton Medeiros
A hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude, não é mesmo Eliane Cantanhêde?
Caro Erasmo, de forma nenhuma quiz ou quero polemizar – mesmo porque não há o que polemizar com figuras tão alienadas e tão despolitizadas – compreendo perfeitamnete o descontrole, os xingamentos e as as insinuações vinculações de ordem pessoal e profissional sem ao menos me conhecer.
A propósito, caro colega e amigo, quero apenas se possível que vossa senhoria disponibilize aos seus web- leitores este magistral texto escritos por Josias de Souza, jornalista que além de talentoso e sério é absolutamente insuspeito pois trabalha exatamenrte num dos jornais mais vinculados ao atraso e ao obscurantismo politico em nosso pais: a Folha de São Paulo.
Quem sabe, não servirá de subsídios prá que os analfabetos políticos reflitam sobre a nossa história política recente, seus manifestos, contraditórios e alienados posicionamentos políticos. Que infelizmente, refletem grande parte da sociedade brasileira, sociedade essa, escrava/escravocrata dos seus próprios vícios e pecados sociais que ao longo da história foram substantivamente alimentados pela não oportunização de educação e informação de qualidade.
Um abraço caro amigo e vamos à leitura.
ITAMAR FRANCO É ISSO AÍ – DO BLOG DO AILTON MEDEIROS.
Quem lê este blog sabe do respeito que sempre devotei ao ex-presidente Itamar Franco. Portanto, é com grande satisfação que reproduzo abaixo a coluna de Janio de Freitas na “Folha” desta quarta-feira.
O que diz Janio? Que Itamar foi “um dos homens públicos mais injustiçados, senão o mais, pelos meios de comunicação em nosso tempo pós-regime militar”. E imaginar que Itamar foi tratado como um idiota pela própria “Folha”, hein?
Janio diz que Itamar Franco cometeu um pecado sem perdão: jamais vestiu a personagem de presidente da República. E arremata:
“Respeitou todo o protocolo e a etiqueta do cargo, não faltou jamais com a hombridade e a dedicação ao dever presidencial, mas sempre com a naturalidade de uma pessoa e não com a artificialidade do adendo a um hipotético pedestal. Um tipo impróprio para os palácios de Brasília, portanto. E irreconhecível pelas fontes de reverência à riqueza e ao poder” .
Antes, porém, gostaria de refrescar a memória de meus leitores com uma pérola. Tenho aqui na minha mesa a edição de 16 de novembro de 1994 de “Veja” que naquela ocasião reconhecia o legado de Itamar Franco (posteriormente a revista tentou desqualificar o ex-presidente).
Com chamada na capa – “Os anos Itamar – o balanço de um presidente que deixou o Brasil melhor” – o texto de Roberto Pompeu de Toledo cujo título é “Enfim, um presidente que deu certo”, começa assim:
“Houve uma vez um presidente que, de início desacreditado, considerado provinciano e despreparado para o cargo, surpreendeu com uma administração honesta e competente e marcou o início da recuperação de um país castigado por uma série de administrações ineptas e corruptas. Sua realização máxima foi dar início à establização da economia”.
“Houve uma vez um presidente que, de início desacreditado, considerado provinciano e despreparado para o cargo, surpreendeu com uma administração honesta e competente e marcou o início da recuperação de um país castigado por uma série de administrações ineptas e corruptas. Sua realização máxima foi dar início à establização da economia”.
Segue agora, na íntegra, o texto de Janio de Freitas:
Por Janio de Freitas
O TEOR DO TRATAMENTO dado a Itamar Franco em sua morte pelos meios de comunicação contrastou com o dado ao presidente, ao homem público e à pessoa Itamar Franco. Não, porém, por força da usual benevolência, especialmente pedida pelos costumes brasileiros, para com as características e a biografia dos recém-mortos. Mas por Itamar Franco ter sido um dos homens públicos mais injustiçados, senão o mais, pelos meios de comunicação em nosso tempo pós-regime militar. Com tardia e parcial reparação.
Itamar Franco foi tão nítido, desde sua emergência nacional ao assumir a Presidência, que é impossível atribuir à falta de informação, ou percepção insuficiente, o tratamento sempre pejorativo que lhe foi dado, com frequente recurso a distorções sem limites. Neste último caso, é suficiente lembrar o achincalhe de que foi vítima por motivo de uma cena da qual não teve nem sequer conhecimento, na ocasião, impossibilitado de ver que a moça chegada a seu lado, no alto do palanque, se oferecia sem calcinha aos fotógrafos.
O rigor ético cobrado aos presidentes, com tantas frustrações, foi praticado por Itamar Franco sem necessidade de cobrança e sem reconhecimento maior, quando houve algum, do que o dado às atitudes comuns. Seu sentido de serviço público do poder não cedeu, em nenhum momento, a um desejo pessoal. Pouco é sabido que Itamar não deixou suas filhas aceitarem as oportunidades salariais e profissionais ofertadas, não em pequeno número. Se feita, a propósito, uma comparação com quem é incensado, seria farta a matéria-prima para escândalo.
Itamar Franco cometeu, de fato, um pecado sem perdão entre nós: jamais vestiu a personagem de presidente da República. Respeitou todo o protocolo e a etiqueta do cargo, não faltou jamais com a hombridade e a dedicação ao dever presidencial, mas sempre com a naturalidade de uma pessoa e não com a artificialidade do adendo a um hipotético pedestal. Um tipo impróprio para os palácios de Brasília, portanto. E irreconhecível pelas fontes de reverência à riqueza e ao poder.
Foi tratado como piada, como idiota -assim chamado, mesmo quando presidente, em uma (ex-)coluna da Folha. E como pouco ilustrado, que estava longe de ser, e como incapaz, o que suas administrações e a atividade de engenheiro deixaram desmentido. Não bastou, porém, serem desprezadas as qualidades da pessoa e do homem público. Os fatos sofreram a mesma ação.
O cruzado não foi feito por seus autores André Lara e Pérsio Arida nem pelo ministro Dilson Funaro: “o cruzado do Sarney” segue a lógica das presidências e dos anais. O real também não foi feito por seu criador André Lara, com contribuições de Pérsio Arida. E, acima de tudo, nunca foi “o real do Itamar”, ao menos “o real do governo Itamar”.
O combate demolidor à inflação foi ideia fixa de Itamar Franco desde assumir a Presidência. Sofreu com a dispensa de seu competente amigo Paulo Haddad por querer um ministro da Fazenda mais impetuoso na pressa e nas medidas. Gustavo Krause não aguentou sua pressão por um plano anti-inflacionário. Elizeu Rezende, experiente de governos e outro amigo, foi afastado com duas semanas por ter contestada a capacidade para a reviravolta. Mas nem a determinação decisiva foi atribuída a Itamar, até o dia da morte.
Itamar resistiu, Itamar cedeu, Itamar foi convencido -é o que está em quase 20 anos de afirmações ao público. O que não quer dizer que os meios de comunicação fossem, necessariamente, os inventores, e não só propagadores, dessas e de todas as outras impropriedades. Nem das inúmeras maldades disfarçadas de piadas. Vaidade e ambições deram contribuição determinante para induções deformadoras e injustas nos meios de comunicação.
Será bom se as pequenas e pontuais reparações de justiça, na hora final de Itamar Franco, servirem para alguma coisa no futuro.
SOBRE OS DOIS HOMENS PÚBLICOS ALUDIDOS NOS COMENTÁRIOS. ABAIXO, BREVE, CLARA E CONCISA DEMONSTRAÇÃO DA NOSSA HIPÓCRITA, DESINFORMANTE E VENAL IMPRENSA.
ELIANE CANTANHÊDE
QUAL DAS DUAS É VERDADEIRA
Enviado em 6/07/11 às 15h56min por Ailton Medeiros
A hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude, não é mesmo Eliane Cantanhêde?
ELIANE CANTANHÊDE
QUAL DAS DUAS É VERDADEIRA
Enviado em 6/07/11 às 15h56min por Ailton Medeiros
A hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude, não é mesmo Eliane Cantanhêde?
Por razões de ordem técnica, não houve como colocar as decalrações da “brilhante” e venal Eliane castanhede.
CARO ERASMO, COMO DIRIA O NOSSO GENIAL MACACO SIMÃO…ACUERDA MACACADA…!!!
Um abraço
FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
OAB/RN. 7318.
CARO ERASMO, COMO DIRIA O NOSSO GENIAL MACACO SIMÃO…ACUERDA MACACADA…!!!
Um abraço
FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
OAB/RN. 7318.
CARO ERASMO, COMO DIRIA O NOSSO GENIAL MACACO SIMÃO…ACUERDA MACACADA…!!!
Um abraço
FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
OAB/RN. 7318.
Na visão dos PTralhas quem fez o plano real foram os intelectuais e poliglotas
A Besta Barbuda (Presidente da Comissão)
O Aiatolá-Mula-Lá (Ministro para Assuntos Exteriores na Venezuela, Cuba e Irã)
O Novo Messias Brasileiro (O mais novo Santo brasileiro canonizado pelo povo nordestino)
Dr Molusco Voador (Esse passou o tempo todo voando de avião as custas do povo)
O Homi do Bolsa Esmola (Ministro da (des) Educação)
e a participação toda especial do Dr. “Eu num Seio de Nada” ( Esse membro da comissão é cego, surdo e mudo).
Pronto e acabou a celeuma.
Data Vênia, Ler o comentário do nobre colega não é apenas um momento de prazer cultural.
È CASTIGO E DOS GRANDES ahahahahahahahahahahahahahaha