Transcrevo abaixo interessante texto que li no blog do jornalista/colunista Carlos Santos (clique aqui). Não é margarina, mas é um primor.
Sou de um tempo em que era comum, garoto, ouvir dos mais velhos: “O sujeito quando não serve para nada vira soldado de polícia”.
A classificação era uma herança do tratamento de submissão dado aos fardados, muitas vezes confundidos com a própria bandidagem. Veja o caso das “volantes” que perseguiam cangaceiros na primeira metade do século passado.
O sertanejo ficava sempre entre a cruz e a espada. Não sabia o que era pior: o cangaceiro ou o soldado da volante. Até na indumentária eles se pareciam.
Agora, a atividade “laboral” a ganhar tal pecha é a de político. Quando alguém não tem qualquer utilidade em certas famílias, termina na política.
Quando certas figuras perdem ou não têm bússola, o jeito é migrar à política.
Quem me ajuda a acreditar nisso é o ex-jogador Romário. Vejo na Grande Imprensa que ele está, com sua ginga, querendo ser candidato a deputado federal.
Num ambiente que há tempo vive de “bola”, Romário vai cair como uma luva.
Um lugar que já teve “anões” do orçamento, não vai se queixar de acomodar o “baixinho”.
Pobre Brasil!
Nota do Tio – Recentemente, o talentoso Túlio Ratto publicou no Novo Jornal uma charge com os menininhos da política potiguar: Fabinho, Felipinho e Waltinho. Ironizava justamente este fato. Muitas vezes filhos de políticos não fazem nada de proveitoso na vida, esperando apenas a idade adulta para “ganhar” um mandato de presente do pai. Por falar nisso, alguém ai sabe quais as profissões de Fabinho, Felipinho e Waltinho? Não vale dizer empresário, pois todo político – obrigatoriamente – tem que ter um negocinho.