Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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lixo

 

O músico Assis Neto, da banda Alfredo e os Caras, escreve ao blog tratando da ditadura do “lixo musical” que predomina em nossa cidade.

 

Caro Erasmo, só para pontuar a discussão: quando em Olinda foi resolvido, não sei se através de lei específica, que apenas um pequeno percentual de músicas ‘estrangeiras’ (leia-se axé, forró, funk e outras) seriam permitidas nas ruas e rádios da cidade em época de carnaval, foi um ‘Deus nos acuda’.

 

 Alguns defendiam e outros criticavam tachando o Poder Público (legislativo e executivo) de autoritário, antidemocrático. Isso lá pelo início da década de 90.

 

Hoje, Olinda e Recife despontam como um dos maiores e mais comprometidos carnavais do País. Comprometidos com a cultura, vale salientar. Não há falta nenhuma de outros ritmos que não sejam os da região. Tudo, graças à atitude ‘arbitrária’ de outrora.

 

Para se educar e mostrar o que é bom a um filho, por vezes nos utilizamos da autoridade e experiência que temos como pais. O resultado compensa alguma eventual falta de um ‘deixa pra lá, se é isso que ele quer, eu não vou interferir’. Agora, parece que pouca gente percebe que, em Mossoró, estamos passando, há mais de 20 anos, por uma ditadura da ‘baixaria musical’ empunhada por empresários e rádios locais, sob o argumento de que é isso que o povo quer.

 

Realmente, como já disse diversas vezes a muitos dos que defendem essa ‘ditadura’, o povo só pode querer isso, já que não tem acesso a coisa melhor. Ou você já viu alguém ligar para rádio e pedir uma música que ninguém conhece de uma banda que ninguém sabe que existe?

 

E quando acaba o ‘papo’, por não compactuar com a ditadura, ainda sou chamado de radical. Pode um negócio deste?

 

Nota do Tio: Concordo em gênero e número com você, Assis Neto. Os jovens não são apresentados à música de qualidade, quando o são, pendem para o que é bom. Aqui na vizinhança, tem uma garotinha de 12,13 anos que odeia forró e que é fã de Pink Floyd e Legião Urbana, tudo por influência do pai. Ou seja, quando se conhece o que é bom, despreza-se o lixo.

 

Escreva sempre.  

 

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29 respostas

  1. Fico feliz quando percebo que ainda existem pessoas de bom gosto e percepção musical.

    Não é apenas “uma questão de gosto”, como algumas pessoas querem que nós acreditamos. O que é bom é aquilo que é bem feito, bem trabalhado, que merece nossa atenção.

    É uma pena que aquilo que é bom seja tão pouco valorizado em nossa cidade (no país como um todo).

    A diferença entre Caetano Veloso, Gilberto Gil, Capital Inicial e Legião Urbana para os modismos é algo monstruoso.

    Tenho dificuldades para aceitar como alguém pode gostar desses modismos e não valorizar o que é realmente bom em termos de música em nosso país.

  2. Mas do que uma lei, o que acontece em Olinda e Recife é que a cultura do frevo, maracatu ou do forró tradicional (pé de serra) esta enraizada na cultura popular. É o que a população daqui gosta e preserva, não tendo muito espaço para “baianda” ou “forró fuleragem” (apelido para o tipo de forró das bandas que estão na foto).

  3. A mídia (rádio e TV, principalmente) são cúmplices da imundície, ou lixo musical, invadir a mente da juventude, pois os jovens não tem uma personalizada definida e infelizmente são manipulados por essa podridão que invade nossos ouvidos diariamente. Pergunto: por que não temos no rádio ou na TV programas que deem ênfase aos anos 80 (que foi referência na música), MPB, reggae, jazz, blues ou a outros gêneros musicais que façam com que os jovens conheçam e aprendam a gostar de música de qualidade??? Ao contrário, o que se vê é uma enxurrada de programas de forró enaltecendo a prostituição, o alcoolismo e outras aberrações, tipo: beber, cair e levantar. A TV e o rádio são meios de comunicação de grande influência e grandes formadores de opinião, poderiam usar essa força e explorar de forma mais proveitosa para a conscientização, formação e orientação dos nossos jovens.

  4. Tio é bom lembrar, que como diz o grande Diassis Linhares, voce nao paga mais caro por uma festa de qualidade, mas vai para uma festa de Forro dessas, gasta muito mais, pois sua mulher acaba levando dedadas, voce vai tomar satisfação, leva porradas e tem que gastar com medicamentos.

  5. Amigos,com todo respeito.Sou um defensor de um bom forró tanto o pé de serra como os eletrônicos,deixem de conversar besteiras e querer defender o lado de vc´s.Se o nosso bom forró so fala em prostituioção,bebida e outras aberrações;Vamos falar a verdade.Na época dos anos 80 ai sim,existia apologia á prostituição,bebedeira e a pior das aberrações o incentivo a droga, essa sim que até hojé é umas das piores epidemias que existi no nosso meio.O grande caetano veloso,gilberto gil,ney matogrosso as grandes bandas de reggae,rock o jazz o mesmo puxado pelo blues ou puxado pelo lixo chamado de heroina que era droga da época.Pois bem amigos,essas são à referência de uma boa musica? que venha o nosso bom forró acompanhado de prostitutas e uma boa bebida,mas as drogas que polui o mundo inteiro realmente sempre estiveram de fora do forró.

    Abraço a todos.

  6. Valcimom, você é uma pessoa latente em festa de forró. Sei que o que o tema proposto é cabível para uma minoria, discordado da situação como também a aceitando. É uma miscigenação de ritmos onde varia de gosto para gosto. Gosto de forró principalmente para dançar, como também não desprezo um bom MPB entre outros ritmos.

  7. Caro Erasmo, fico feliz em saber que tem gente como eu e minha filha de 15 anos que detestamos forró. Não quero nem comparar a lixo pois do lixo muitas coisas são aproveitadas e trasnformadas,coisa que com esse ritmo que se chama forro nada se aproveita.Podemos dizer que é algo de coisa nenhuma.

  8. Gosto de forró, gosto de rock e pop também. Acho tola essa discussão sobre lixo x qualidade. O lixo do colorau pode ser a qualidade do arisco. Gosto musical é igual a sabor de tempero, como falei, colorau tem um, arisco tem outro, ajinomoto tem outro. Vamos se respeitar e respeitar o gosto de cada um. O lixo ou a qualidade esta na cabeça de cada um. Gosto de pop, mas acho a banda Alfredo horrível, os desafinos do vocalista e da guitarra é um lixo, mas…

  9. Caro Assis Neto, concordo plenamente com o seu raciocínio. A população está carente, dentre outras coisas, de cultura de verdade. A mídia peca quando só divulga o forró que instiga à prostituição e a bebedeira, sem esquecer também desta música que se diz sertaneja, que na verdade não passa de uma choradeira sem igual, diga-se de passagem o enfadonho cantor Leonardo, uma lástima. Tenho sempre acessado a sua página http://www.alfredoeoscaras.blogspot.com/ e acompanhado todas as notícias nela contidas, parabéns. Abraços.

  10. Meus amigos denegrir a imagem das bandas de FORRO chamando de lixo eu fico pensando quem mexe com lixo é lixeiro certo, o problema é que vc estar na região musical errada, se vc estivesse no norte imagina o que vc iria escutar: carimbo dezenas de bandas calipso, mudando de região indo pro centro do Brasil, pegue sertanejo suas duplas, descendo mais um pouco Rasqueado no mato grosso, no rio funk, em são Paulo Pagode, no sul Fandango, vaneirão, chote, voltando no nordeste precisamente na Bahia o tal axé. Então amigos vamos simbora e procurar a regiao que tem o seu tipo de musica favorita e boa viagem…. Viva a musica popular brasileira!!!!!!!!!!!!!!!

  11. É importante ressaltar que o problema não reside no gênero musical, como alguns estão deixando transparecer, mas sim na qualidade do que está sendo propagado como música. Seja no forró, no axé, na MPB, no rock, no sertanejo, ou em qualquer outro ritmo, existem músicas de boa e de má qualidade. Creio que o problema está na péssima qualidade da maioria das músicas/cantores que estão mais presentes na sociedade mossoroense e brasileira de um modo geral. Como o forró é o gênero que está em evidencia por aqui, é o que gera mais polêmica. Contudo, não é no forró em si que devem recair as críticas, mas nos produtos (artistas/músicas) que estão sendo divulgados. Neste mesmo blog, houve uma feliz comparação entre as festas juninas de Mossoró e de Caruaru/PE, onde ficou clara a diferença na qualidade, entre os dois eventos de forró. Portanto, companheiros, o problema está no produto que está sendo divulgado, de baixa qualidade, simplesmente por que os produtores sabem que “todo mundo vai mesmo”.

  12. Pra comparar: ROCK: Uso indiscrimidado de drogas(das mais fortes), violência e satanismo, a maioria dos ídolos morrem de overdose(ótimo exemplo); MPB: Drogas e viadagem; – Reagee: Drogas e violência; FUNK: Prostituição, Drogas, Violencia a apologia ao crime; – Forró: Drogas(alcool) e mulher.

    Agora todos tem seu lado bom. SOU NORDESTINO e adoro minha cultura. FORA PUXA-SACO DE AMERICANO E INGLÊS! FORA MÚSICA INTERNACIONAL!

    Quem odeia forró, odeia a propria cultura.

    LIXO é quem não aceita sua identidade cultural!

  13. Tio Colorau fale sobre o uso de LSD dos integrantes do GRUPO PINK FLOYD.

    Desejo conhecer esse lado deles.

  14. pois é isso claudio… baboseira… na decada de 60, 70 tamben teve muita porcaria q fez sucesso….. com o tempo passam!

  15. Caro Valcimon, voce esta coberto de razão, essa história de que forró é lixo não cola mais, acho muito pior a aopologia as drogas que muitas bandas de rock, reggae fazem. Isso sim é um mal pior.

  16. Claudio Melo concordo com voce tem gente que quer mandar ate no gosto musical obs.: não gosto do forro…

    sera se esses intelictuais musicais manda pelo menos no gosto da mulher ou marido….

  17. Entendo o seguinte: O forró conhecido como “pé de serra” de fato é uma coisa nossa, nordestina, pois as suas letras geralmente falam de coisas do sertão. Agora, essas bandas, geralmente cearenses, cujas letras só falam em beber, cabaré, rapariga e outras tolices, realmente, podemos considerá-las de lixo.

  18. Pessoal, quero deixar claro que não fiz menção ao ritmo ‘forró’ como ‘lixo musical’. Fazendo minhas as palavras do comentário do Michel Victor: “É importante ressaltar que o problema não reside no gênero musical, como alguns estão deixando transparecer, mas sim na qualidade do que está sendo propagado como música. Seja no forró, no axé, na MPB, no rock, no sertanejo, ou em qualquer outro ritmo, existem músicas de boa e de má qualidade.”
    Eu particularmente admiro Falamansa, Italo e Reno e as composições de Dorgval Dantas. O problema é que, mesmo no forró, que é o ritmo do momento, só tocam o que há de pior. E há tanta verdade nisso que, ao falar na ‘baixaria musical’, imediatamente os defensores fizeram menção ao ritmo forró. NO MEU PONTO DE VISTA, UMA COISA É DEFENDER O FORRÓ COMO ESTILO, OUTRA (MUITO DIFERENTE) É QUERER QUE TODOS ACEITEM O ‘FORRÓ FULERAGEM’ COMO UMA COISA DE BOM GOSTO E NÃO CONSIDERAR, SEQUER, A OPINIÃO DE QUEM NÃO APRECIA AQUELAS ‘FANTÁSTICAS E MARAVILHOSAS MÚSICAS’.
    Então, que fique claro, a discussão não é de ritmos. Os defensores da ‘bagaceira musical’, quase sempre, tentam deturpar a opinião de quem discorda do que é imposto à sociedade.

  19. Forró???? infelizmente não existe mais.

    cadê Alcimar monteiro???

    Luiz Gonzaga já se foi!!!

    na verdade o que é forró hoje???

  20. Lixo? Acho q não! Esse forró de hoje não seria tão bom assim.

    Ter um mal gosto musical é só conseguir gostar de um tipo de música, e odiar todos os outros.
    Uma pessoa com bom gosto musical sabe apreciar todos os estilos de música.

  21. Respeitam-se as opiniões, os gostos, pois questão de gosto não se discute, se lamenta. O que lamenta-se não é gostar ou não de forró, ou qualqer rítmo, é a qualidade do que é tocado e cantado, algo desprezível. Toda época, todo rítmo, toda banda, seja de rock, rap, hip hop, jazz, blues, funk, forró, etc., todas tem seus méritos e seus deméritos, cabe a cada um diferenciar o que presta e o que é reprovável. Apologia a qualquer coisa que faça mal a sociedade é reprovável. A maioria dos que foram defensores dessas mazelas, ou morreram ou estão na sarjeta. Acho que não é preciso exemplificar. Quando me refiro a “lixo musical” não significa que seja expecificamente o forró, mas sim a qualquer rítmo que exalte, enalteça ou incentive através de suas letras pejorativas o uso de qualquer substância. A proliferação desses gostos é o que preocupa. Só lembrando: identificar-se com sua cultura, não significa gostar do que não presta, mas sim do que tem qualidade. Elba Ramalho, Jorge de Altinho, Flávio José, Alceu Valença, Fagner, Zé Ramalho, Amazan, Alcimar Monteiro entre outros tantos Nordestinos, estes sim dão orgulho a nossa cultura. Deixemos, pois, de hipocresia.

  22. Ô assunto complexo, pq?
    RPC, programa brega: Fernando Mendes – Você não me ensinou a te esquecer. Lixo ( para alguns )
    FM 105: Caetano Veloso – Você não me ensinou a te esquecer ( Pura cultura )

    Vá entender esse povo!!!

  23. Agenor Melo
    Voce simplificou tudo, tem uma musica da MPB que dis tudo: Ado, ado cada um no seu quadrado… pode ate ser lixo pra alguns mas explica tudo.

  24. Amigos!
    Em todos os gêneros musicais há o pior e melhor!
    As bandas de forró eletronico tem direito e espaço na mídia!
    Mas existe o jabazão!!!que empurra qualquer “musga’ com uma qualidade de gravação desejável e ainda por cima meus amigos as letras de sentido único ! é um tal de encher o caminhão de rapariga e ir morar no cabaré! rss
    To vendo a hora as rádios anunciarem a faixa etária das musicas!ATENÇÃO MÚSICA NÃO RECOMENDADA PARA MENORES DE 14 ANOS! Afeeee!

  25. amigos falando em musica de qualidade eh so sintonizar ou acessar.a fm105-qualidade musical e o melhor som na internet
    wwww.fm105mossoro.com.br…

  26. Sou evangelico e concordo plenamente que esse “lixo musical” que esta querendo invadir os nossos lares, ditando regras e costumes ao nossos filhos, como se não bastasse estão usando a musica Gospel que na minha opinião é a melhor da atualidade, não querendo desprezar as demais e estão banalizando a mesma um exemplo claro e na musica de Regis Danezi intitulada “Faz um Milagre em mim ou simplesmente “Zaqueu” estão transformando a mesma em ritmo sensual e mundano sem conhecer a verdadeira mensagem da musica e sem saber a verdadeira historia da pessoa de Zaqueu, que se encontra no livro de Lucas capitulo 19 da nossa Bíblia sagrada.

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