Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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Com o título acima, o assistente administrativo Giorgione Mendes publica interessante artigo em seu blog sobre o concurso anunciado pela UERN, cujo edital, no seu sentir, favorece sobremaneira os servidores contratados. Vamos ao artigo:

 Ontem, dia 22 de fevereiro, foi publicado o Edital do tão esperado concurso da UERN.

Esse momento seria de muita comemoração para a comunidade “concurseira” do RN se não fosse o capricho da INVENTADA avaliação de títulos, principalmente no que tange ao cargo de nível médio.

A universidade, dando uma pontuação a mais para quem já trabalha no serviço público, quer de fato privilegiar os seus funcionários contratados, na maioria das vezes, de forma irregular.

O que poderia ser uma espécie de luz no fim do túnel para quem vem estudando a um bom tempo sem conseguir sucesso em concursos anteriores, pode se transformar em mais uma frustração. Não por falta de competência dos concurseiros que não possuem as costas largas e nem os famigerados “Q.I.”, e sim em virtude de os figurões da administração pública estarem agora maculando com seus sujos tentáculos até mesmo os processos de seleção de servidores.

Isso já havia sido feito pela nossa amada prefeitura, não me recordo se no concurso para a educação ou se para o da saúde. Nesse último, também o tempo de serviço (decorrente de uma contratação IRREGULAR), valia pontinhos para os vampiros do executivo municipal.

Do ponto de vista jurídico creio que essa parte do edital que discrimina os os seres humanos normais, sem costas hipertrofiadas, e beneficia os apadrinhados pode ser anulada, dada a gritante violação do Princípio da Impessoalidade (também da moralidade) que deve nortear toda a administração pública, seja federal, seja estadual ou seja municipal.

Falei especificamente de uma parte do edital pelo fato de uma anulação total do concurso ser muito prejudicial à sociedade. Pior até do que a permanência do certame conforme se encontra atualmente.

As práticas administrativas de uma universidade não são complexas ao ponto de ser necessária uma etapa de avaliação de títulos. A UERN não está fazendo um concurso para Professor, nem para Juristas e nem para especialistas. Falo isso pois sou assistente em administração de uma instituição de ensino e assim que entrei em exercício só havia uma pessoa para me ajudar no aprendizado das rotinas administrativas, mesmo assim eu aprendi o necessário em pouquíssimo tempo. Não por eu ser um gênio, estou longe disso, mas por serem tarefas de certa forma fáceis, que não exigem uma formação específica para serem realizadas.

É bom que o Ministério Público abra os olhos. O nepotismo está nesse momento dando pulos de felicidade, pois ele encontrou uma nova forma de se perpetuar. Daqui a pouco tempo veremos mais prefeituras seguindo os exemplos de Fafá e da UERN. E no interiorzão do estado é que a coisa vai ser feia. Não será difícil um concurso p “secretário escolar” ter uma etapa de avaliação de títulos mais arbitrária do que a que vimos no edital do concurso da UERN. Nesses concursos, não serão raras as questões de “alto nível”, tais como:

– Na frase “O governo ignora o povo.” quem é o sujeito?

a)Ignora

b)o povo

c)O governo

d) N.D.A.

É isso mesmo, meus caros. Está se desenvolvendo no Brasil mais uma forma de se legitimar o nepotismo. Cabe a nós ficarmos de olho nas nossas “otoridades” e denunciarmos esses absurdos.

NOTA DO TIO – O blogueiro trouxe uma informação que merece análise acuidada por parte do Ministério Público, pois o concurso ora realizado é justamente para substituir os servidores contratados (ilegal) por concursados (legal). Esperamos uma manifestação da UERN sobre o assunto.

OBS. Para ver o artigo no original, clique aqui.

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12 respostas

  1. Alem de ser mal escrito,Esse texto está muito sem pé nem cabeça.

  2. Tem jeito prá isso, é sacanagem por cima de sacanagem, aí essas pessoas ainda tira onda falando de ética e honestidade, o mundo só tende a piorar, porque, poucas pessoas se
    preocupa com o próximo, primeiro eu, segundo eu, terceiro eu de novo.

  3. É triste ver uma instituição do porte da UERN, que conta inclusive com um curso de direito, praticando uma manobra espúria como esta para beneficiar pessoas que estão ocupando indevidamente funções públicas sem passarem pelo crivo de concurso. Não está alí por competência ou merecimento e sim por que são useiros e veseiros na velha arte de curvar a espinha. Ora, contrato nulo não pode gerar nenhum efeito jurídico, logo, não pode ser utilizado para fins de pontuação em prova de títulos. Que coisa feia magnifíco reitor. O que até pessoas tidas como sérias não fazem em troca de poder…

  4. E olhe que o segundo critério de desempate é justamente a pontuação na prova de títulos. è mole ou quer mais?
    Está claro e pra todo mundo ver que conseguiram um jeitinho de favorecer os que já trabalham na UERN.

  5. É lamentável a situação narrada… O concurso público não visa beneficiar “X”, “Y” ou “Z”, mas sim, quem está mais preparado para concorrer a uma vaga! É patente a violação ao princípio da isonomia, pois as pessoas que já trabalham na Universidade (contratados, comissionados, arrumados, enfim…) serão privilegiadas em relação à prova de títulos. Vamos ver se o MP, enquanto “custus legis” (fiscal da lei), toma pé dessa situação…

  6. Li edital do concurso e pelo o que eu entendi e acho que todos que leram entenderam o mesmo o concurso esta sendo feito apenas para dá estabilidade para os funcionarios da UERN.E nós que não temos titulos,como ficamos??????seja possivel que a sacanagem nesse País não vai acabar nunca?????????

  7. Li edital do concurso e pelo o que eu entendi e acho que todos que leram entenderam o mesmo o concurso esta sendo feito apenas para dá estabilidade para os funcionarios da UERN.E nós que não temos titulos,como ficamos??????seja possivel que a sacanagem nesse País não vai acabar nunca?????????

  8. Gente,como pode “NIVEL´MÉDIO” e se pedir provas de titulos?!um ABSURDO!
    De fato, este o q estão chamando de “concurso”,é nada mais do que uma faixada para os antigos funcionários da UERN,q alguns de lá,estão de forma irregular.A cada dia,sinceramente vou perdendo minha fé,ou seja, como no dito popular”Só quem tem as costas largar e padrinhos é quem se da bem?!
    E qndo aos outros concurseiros,pessoas do bem,e na maioria humildes,q buscam melhores condições de vida e um emprego estável,mediante concurso publico,SÃO TRATADOS desta maneira?!

  9. Ótimo texto. Contém as informações necessárias que informam certas atitudes indevidas daqueles que fazem mal uso de seus cargos. Não importa a forma do texto, mas o conteúdo. O texto não precisa de pé e nem cabeça. Precisa de coração, ou seja, o ponto central. Agora, sua intensão de desviar o sentido é que ficou lá nos pés.

    Cabe aos concorrentes tomarem posição para mudar as regras desse edital. O MP não pode e nem deve se omitir perante tão aberrrrrrante injustiça social.

    Ora, o valor das inscrições estão exorbitante o que já é uma etapa eliminatória. Além do mais, ao que parece, os já agraciados funcionários estarãm isentos da taxa de inscrição o que facilita a matrícula de todos eles. Isso é uma grande injustiça de três proporções. 1ª eles já são bem remunerados e tem condições financeiras para tal, mas não pagarão inscrição; 2ª as despesas da realização do concurso ficará apenas para os candidatos externos desforávei devido às provas de títulos. Ora, assim sendo, esses concorrentes externos serão usados para (com o dinheiro da inscrição deles) custearem o concurso para efetivar os outros que se encontram irregulares e 3ª A progressão curricular dos provisórios se deu de forma injusta, um vez que não fizeram concurso para exercerem o cargo que exercem.

    É possível que a data também coincidada com a realização do cincurso público da CAERN.

    Mas como o Dr. Milton é maçom e maçom é sinônimo de justiça, é possível que ele não esteja sabendo do tamanho da injustiça social que os termos desse edital estejam causando.

  10. A justiça deve ser exigida e a verdade tem que ser dita. É essa a função de advogados. Se exite algum procurando momentos de glória o que não falta é injustiças sociais para serem combatidas. Agora quer glória procurando deslises de vítimas do sistema indefesas é sinal de grande corvardia.

    Nepotismo e corporativismo são crimes que fere diretamente a constituição. E isso é o que se vê em todas as partes, por isso qualquer defensor da justiça naõ precisa fazer muito esforço para encontrar questões para colocar em prática suas habilidades. Esse fato em debate já é uma causa que proderia ser abraçada por advogados que, em suas formaturas, juraram, solenemente, ser fiel e contribuir, com seu conhecimento, para uma sociedade mais iqualitária e consequentemento mais saudáveis em suas relações sócio-interacionistas.

    Parabéns por esse artigo para debate

  11. Danilo obrigado pela crítica, tentarei escrever melhor da próxima vez. Mas espero que você, como os vários leitores desse blog e do meu tenham entendido o que eu quis passar.

    Quero mobilizar a sociedade para que absurdos como esse não se tornem corriqueiros. Conto com todos os cidadãos do nosso estado.

    Atc.

    Giorgione Mendes.

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