Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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O secretário municipal da cidadania, professor Francisco Carlos, volta a tratar do crescimento de Mossoró, o faz em razão dos diversos comentários feitos ao texto onde ele trouxe suas ponderações sobre o assunto. Leiam:

Gosto de debater. Sempre aprendo com essa prática.

Tive um professor que dizia que, quando você discorda de um autor, deve escrever sobre o assunto, com fundamentação.

O texto que postei não tem a pretensão de discutir todas as questões de interesse da cidade. Obviamente que muitos assuntos deixaram de ser mencionados, inclusive muitas outras realizações do governo municipal.

De maneira ordenada, podemos conversar sobre todos.

Acho todos os comentários interessantes e alguns engraçados. Porém, nenhum deles contradisse o que eu apresentei, com objetividade e fundamentação (mesmo sem utilizar do rigor científico).

A questão levantada pela postagem original de Erasmo Firmino foi: Mossoró cresce, apesar de Fafá.

Acho que está mais do que demonstrado o contrário.

Isso não quer dizer que a cidade não tenha problemas a serem superados.

O texto pretende, tão somente dizer que a cidade está se desenvolvendo e que o governo municipal está contribuindo. Para contradizer essa afirmação é necessário objetividade e, se for possível, neutralidade científica.

Andre Studart, porém levantou uma questão importante. A diferença entre crescimento e desenvolvimento. De fato, André, são conceitos diferentes.

A literatura indica uma evolução de conceitos e de suas aplicações. Progresso técnico, crescimento econômico, desenvolvimento econômico, desenvolvimento sustentável e desenvolvimento humano (conceito adotado pelo PNUD).

Mossoró cresce economicamente, com melhoria dos indicadores sociais (desenvolvimento). Para contestar essa afirmação é necessário apresentar dados, indicadores sociais. Não vale o “olhômetro”.

Para dizer que os serviços de saúde não são bons, por exemplo, tem que avaliar os indicadores do Pacto da Atenção Básica, indicadores epidemiológicos que refletem na longevidade do cidadão.

Mas, sem dúvida alguma, Mossoró, como todo o restante do país, ainda tem que avançar muito, superar injustiças sociais seculares.

Para isso é necessário o debate sério, desapaixonado, orientado pela ciência e pela técnica.

As vezes isso é difícil para os políticos e para quem se interessa pela política.

O observador comum, cidadão que clama por resultados sociais independente de ideologias e interesses partidários, pessoais ou de grupos, deve atentar para fazer um filtro de todas as informações que recebe.

Quem atua no campo da política, gravita no seu entorno ou demonstra posturas parciais, geralmente não prima pela objetividade e neutralidade científica.

Um abraço à todos.

Francisco Carlos.

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6 respostas

  1. Caro Tio colorau, o blá blá blá… do Vestal Francisco Carlos, e mais ainda o seu “rigorosíssimo” rigor científico é da iinveja a qualquer cientista…vide Einstein, Nilton e contemporaneamente ao norte-riograndense MIGUEL NICOLLELIS.

    Não é a toa que as adminisrtrações da Monarquia Mossoroense, resultam no que se vive e no que se vê na capital da Cultura e na Metrópole chamada País de Mossoró….É tanto rigor cientifico implementado as $ua$ moderno$a$ admini$traçõe$, que, sabe-se lá onde iremos parar se na terra do Kaos ou na terra do Kosmos.

    Que tal o nosso desprendido e entendido Chico Carlos mandar essa cartilha para o “aprendiz” de administrador JAIME LERNER.

    É ISSO MEUS CAROS, EM TERRA DE CEGO…QUEM TEM UM OLHO…É MAIS CEGO AINDA…!!!

    Um abraço

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  2. “As estatísticas são como o biquíni: mostram muito, mas escondem o essencial”. ex-ministro Roberto Campos.

    Para o secretário se levo minha filha ao posto de saúde e a mesma não é atendida por falta de médico, antes de reclamar do serviço de saúde municipal devo primeiro olhar para os belos indicadores de sáude da municipalidade, mas o secretário com seu RIGOR CIENTÍFICO sabe que ” Indicadores Sociais são estatísticas sobre aspectos da vida de uma nação que, em conjunto, retratam o estado social dessa nação e permitem conhecer o seu nível de desenvolvimento social. Os Indicadores Sociais constituem um sistema , isto é, para que tenham sentido, é preciso que sejam vistos uns em relação aos outros, como elementos de um mesmo conjunto.” Portanto indicadores dizem muito mas não dizem tudo. Segundo Pedro Demos[com neutralidade científica] ” A mensurabilidade do indicador
    nem sempre é muito patente. Um bom indicador do conceito de “parasitismo
    social” seria o desejo na pessoa de poder viver de esmola pública; mas é difícil
    operacionalizar até o fim este indicador: como se captaria factualmente tal desejo
    em uma pessoa que nunca pediu esmola? Tendo em vista que tal desejo geralmente
    não é revelado de boa vontade, como se poderia artificiosamente traí-lo na realidade?
    Alguns indicadores já são “clássicos”: o nível alto de instrução (universitária) é
    indicador “obrigatório” da classe média; a ocupação profissional é indicador “obrigatório”
    de status social; a freqüência religiosa é indicador “obrigatório” de religiosidade;
    a renda mensal é indicador “universal” de participação econômica… Embora
    muitas vezes se abuse da potência indicativa de um indicador, é necessário acentuar
    que apenas um conjunto convergente de indicadores satisfaz teoricamente às pretensões
    de um conteúdo conceituai. O indicador “renda per capita” não pode cobrir sozinho
    o conceito de subdesenvolvimento, como freqüentemente se sugere. A seleção
    de indicadores coloca-se, assim, como uma fase marcante em qualquer pesquisa; ela
    revela a capacidade teórica e a visão empírica do pesquisador, bem como o nível de
    inventividade, já que qualquer conceito admite, em si, uma gama ¡limitada de indicadores.
    Como esta gama é praticamente ¡limitada, não é sinal de desenvoltura analítica
    arrolar um número exuberante de indicadores, cuja abundância acabaria por confundir
    a pesquisa, mas sim selecionar os mais convenientes, ou seja, os indicadores
    mais indicativos. Isto leva ao problema da adequação entre o conceito e sua base
    empírica que o indicador quer detectar, ou seja, aos limites do experimento, dos dados
    e da cobertura teórica dos elementos empíricos. Enfim, se a operacionalização
    quer dar o conteúdo de realidade de um conceito, é mister se perguntar quanta e
    qual realidade esta operacionalização dá. Por um lado, quanto mais um conceito for
    geral, mais realidade cobre, mas mais vago é, e por isso mais distante da realidade.
    Por outro lado, os indicadores nunca esgotam um conceito, que neste caso seria
    sempre mais rico que seus referenciais empíricos. A realidade social parece ser muito
    mais complexa que sua crosta empírica e, embora a experimentação seja o corretivo
    indispensável da especulação e da alienação analítica, ela tem limitações metodológicas
    decisivas. Além de não se poder garantir a coincidência entre o pensamento e o
    pensado (aqui: entre o que pensamos teoricamente, o que seja realidade e aquilo que
    é real apesar do nosso pensamento), resta ainda a dificuldade técnica de que não é
    possível esgotar empíricamente todas as dimensões de um fenômeno social. A realidade
    objetiva é mais rica que a capacidade pensante subjetiva do sujeito. O operacionalismo
    não leva em conta estas dificuldades e enfoques.”

    Fonte:http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me002576.pdf

    Sobre o uso de estatística para os leitores deste blog sugiro o livro “Como mentir com estatísticas”, de Darrel Huff

  3. Esse discurso… “apesar de Fafá” é simplesmente pura tentativa de desvincular o desenvolvimento e o progresso por qual passa nossa cidade. Ora sejamos francos. Isso é fato. A oposição quer desvincular o avanço das ações municipais e a prefeitura quer ser a responsável por tudo. Nenhum nem outro. Esse jogo é simples:

    1 – Mossoró está em desenvolvimento. Isso é fato FATO (sem discussão, incontestável).
    2 – A prefeita contribuiu para o esse desenvolvimento. Também FATO (alguns podem discordar, talvez por politicagem mais é democrático).
    3 – A prefeita é a única responsável? NÃO.

    Esse discurso revoltado de Gutemberg Dias não combina mais. Alguém avise pra ele que o PT está no poder já faz tempo e o que acontece é o mesmo clientelismo que massacra os oprimidos. Ora vejam só é muito engraçado.

    Vamos discutir propostas meu povo. Tentar distorcer e jogar pedra é fácil. É engraçado. Se faz é obrigação, se não faz é incompetência. Vamos usar o discernimento, esse jogo de interesses não é salutar. Uns defendem demais, outros criticam tudo. Vamos crescer meu povo.

  4. ábri paragrufu i traveçaum

    – vixi noça sim óra dais dôriz êle amãm incêu cum a macaca

    dissíframi ô ti devóru

    pontu fináu

    Zé – Alssiliá di Çéuventi di Prêdêru – OACPB/RN 323232

  5. Caros,

    Há que se rever os conceitos de CRESCIMENTO e DESENVOLVIMENTO urbano, são bem diferentes: Mossoró está crescendo, sem dúvida, mas DESENVOLVENDO? não sei.

    O Rio Apodi-Mossoró nunca teve seus índices de poluição tão elevados: SINAL DE CRESCIMENTO

    Não sou filha de Mossoró, apesar de ter adotado esta terra como lar. Estou aqui há pouco mais de 5 anos e nunca tinha visto pedintes disfarçados de limpadores de pára-brisa na cidade e nem malabaristas de ocasião nos faróis: SINAL DE CRESCIMENTO.

    Estacionamento sem estrutura suficiente de um shopping que ainda precisa de muito para assim ser designado ao preço de R$3,00 4,00 : SINAL DE CRESCIMENTO.

    A verticalização da cidade que cresce a passos largos e desordenadamente, incluindo a construção de prédios em áreas de APP (Áreas de proteção ambiental): SINAL DE CRESCIMENTO
    e que por ironia, estão a venda a preços estratosféricos e nem de longe vão conseguir diminuir o déficit habitacional da cidade.

    Estes são pequenos exemplos do que acontece na nossa cidade. Exemplos de DESENVOLVIMENTO são hospitais e escolas que prestam bons serviços à população, são programas de educação ambiental que visem a arborização da cidade de clima semi-árido, são pessoas satisfeitas com a qualidade de vida, são moradias dignas e não em meio a canais de esgoto a céu aberto.

    REFLITAM SOBRE ISSO, os que alguns acham estarem com um discurso de revolta, estão assim como eu preocupados com O DESENVOLVIMENTO URBANO e consequentes melhorias na qualidade de vida do povo mossoroense.

    Andréa C. de Melo
    Geógrafa

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