Romário foi um grande destaque no futebol, Michelangelo nas pinturas e esculturas, Jean Michel-Jarre o é nos teclados.

Mas como descobrir nossos talentos inatos?

Eu, por exemplo, será que não nasci para ser surfista? Ou piloto de Fórmula 1? Jamais saberei. Nunca tentei surfar nem nunca dirigi um carro de corrida, de nenhuma categoria.

Muitas pessoas nascem com um talento e morrem sem desenvolvê-lo, sobretudo quando este talento está nas áreas menos triviais, mais distantes do cotidiano.

No cemitério do Camurim, zona rural de Governador Dix-sept Rosado, estão enterrados ótimos pintores, escritores, pianistas, físico-nucleares, tenistas etc., os quais jamais desenvolveram estas atividades.

A descoberta do talento cabe aos pais, aos professores e à própria pessoa. No Brasil, infelizmente, todas as mães acham que suas filhas nasceram para serem modelos ou atrizes; e os pais acham que os filhos nasceram para jogar futebol.

Acredito que a descoberta do potencial está mais na observação, no desempenho em dada matéria. O afunilamento começa nas disciplinas escolares, incluindo as atividades esportivas. Daí já se pode atestar que a criança tem talento para cálculos, artes, áreas humanas, entre tantas outras.

Quanto aos pais, cabe observar os interesses das crianças no cotidiano para descobrir o talento delas. Em todas as entrevistas com pessoas renomadas, nas mais diversas áreas, elas costumam dizer que desde pequenas já manifestavam seus talentos.

O mais importante é deixar que a habilidade inata se desenvolva de forma espontânea. Nada de impor ao filho uma atividade que a ele não agrade. Você poderá estar desperdiçando um grande talento.