Hugo Chavéz, presidente da Venezuela há 14 anos, faleceu ontem aos 58 anos de idade, vítima de um câncer. Sem dúvida, um dos mais polêmicos governantes da América latina, despertava ódios e paixões.
Seu regime de governo era por ele chamado de socialismo do século XXI. As abundantes riquezas advindas do petróleo eram utilizadas – quase na totalidade – em benefício da camada mais pobre da população, que recebia casas, geladeiras, fogões, vales-alimentação etc.
Os opositores do regime pleiteavam uma utilização mais gerencial dos recursos, a fim de se buscar o crescimento econômico do país. Queriam que o dinheiro fosse investido em construção de estradas, na melhoria do sistema de energia, enfim, em infraestrutura.
Até aí nada demais, apenas divergências quanto ao regime de governo, o que existe em qualquer lugar do mundo. A questão mais tormentosa, contudo, é o autoritarismo de Chavéz, que impedia a liberdade de imprensa e vociferava contra os grandes líderes mundiais, tratados quase todos como inimigos do regime. Chegou a dizer que sua doença era fruto de uma ação do governo dos EUA.
Com sua morte, os especialistas no assunto acreditam que o Chavismo vencerá a próxima eleição, sobretudo pela comoção, mas não terá fôlego para um outro mandado. O regime de Hugo Chavéz já não consegue se manter diante de um mundo globalizado. O que vinha mantendo o governo de pé era o carisma do presidente perante a massa pobre da nação. Sem ele, o Chavismo tende a definhar.
2 respostas
Viva o Chavéz!!!Como os EUA temia esse Presidente.Porque será? kkkkkkkkkkkkkk
Vá em paz, Chavéz.