Tempos atrás, sugeri neste blog a criação da Secretaria Estadual do Vai Dar Merda, ante a grande quantidade de decisões equivocadas do governo estadual.

Tal secretaria teria a atribuição de analisar os atos da governadora antes que estes se tornassem oficiais e públicos. O secretário seria alguém com experiência em marketing, arranjos políticos e que conhecesse os anseios da população.

Caso o ato não tivesse nenhuma carga negativa, ele receberia o carimbo de “pode publicar”. De outro modo, se o ato fosse potencialmente lesivo e catastrófico, ele receberia o carimbo de “VAI DAR MERDA”, e então sua publicação era cancelada.

Na semana passada a secretaria, que não foi criada, fez falta.

A governadora demitiu a média Lígia Torres da direção do Hospital de São Paulo do Potengi. A reação dos caciques do PMDB, partido aliado do governo, foi de indignação. O deputado federal Henrique Alves esbravejou no Twitter e o ministro Garibaldi Filho prestou solidariedade à médica.

Diante da repercussão negativa, a governadora telefonou para a médica oferecendo o cargo de volta. Como ela, a médica, tem dignidade, recusou a oferta. O clima entre governo e PMDB, que já não é dos melhores, azedou de vez.

Nada disso teria acontecido se houvesse na estrutura do governo a SECRETARIA ESTADUAL DO VAI DAR MERDA.

OBS. A Secretaria do VDM é uma ideia original do cantor e compositor Chico Buarque, aqui adapta.