Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

Tio Colorau

Por Erasmo Firmino

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A edição de hoje da Tribuna do Norte traz uma matéria com a opinião de lideranças políticas do estado em relação ao resultado das urnas. O teor é até interessante, mas o excesso de erros de Português incomoda.

Entre os mais evidentes:

Eduardo Paz;

Robou;

Dois prefeito;

“Tem que se agir”;

“Pela qualidade de sua gestão em gestões anteriores”;

“O equilíbrio entre é fundamental”;

“A discussão sobre eleições vão ser abertas em 2022”.

Também chama a atenção os erros de pontuação. Até parece que as vírgulas foram inseridas de forma aleatória, na base do uni duni tê.

O próprio título já não soa legal: “Líderes partidários do RN apontam implicações das urnas”. Carece de maior clareza.

Na mesma edição, a coluna de Luiz Antonio Felipe sapeca um: “A revista Exame (…) trás a lista das…”. Na verdade, ela traz, do verbo trazer.

Por fim, na capa, um trecho do texto sobre a vitória do Ceará contra o Vasco informa que “os nordestinos que jamais tinham vencido em São Januário”.

Na realidade, nordestinos já venceram sim o Vasco em São Januário, inclusive o Baraúnas de Mossoró, em 2005. O certo seria substituir o nome Ceará por alguma outra palavra que o identificasse, como Vozão, por exemplo. Como escrito, dá a entender que nenhuma equipe nordestina conseguiu tal feito.

Cometer erros de Português todos o fazem, mas as edições da Tribuna do Norte estão vindo recheadas deles, a ponto de tornar a leitura desagradável.

Neste post trago apenas os de hoje, mas todos os dias têm erros assim. E olhe que não sou nem formado na área, não passo de um mero leitor um pouco mais atento.

Espero que a Tribuna do Norte, que julgo um bom jornal, evite estas falhas recorrentes de Português.

Para não dizerem que estou de implicância, aproveito aqui para elogiar os sempre deliciosos e bem feitos textos do colunista Vicente Serejo. Pra mim, a melhor escrita jornalística do Rio Grande do Norte.

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2 respostas

  1. Erros de Português espantam qualquer leitor, porque provocam a incompreensão do texto, e, para um mais sensível, até o desvio da própria leitura! De útil – se muito -, tem-se que fazem a festa dos professores da disciplina.
    Foi oportuna a forma como abordou a multiplicação de vírgulas! Um meu conhecido deve ter sido estagiário de um antigo jornal da capital, pois abusava desse sinal de pontuação, costumeiramente, porém nunca lhe observei o desvio em frases como “… e, sendo, ele, procurado, o que fez, foi, então, buscar, outro endereço, para, morar, bem distante de, onde, morava …”

    1o./12/2020

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